Após ter o início adiado por confusão entre o estado e a prefeitura, a vacinação contra a Covid-19 dos agentes das Forças de Segurança que atuam em Cuiabá começou por volta das 9h desta sexta-feira (09). A previsão é de que 1,6 mil profissionais (de 73 a 48 anos e que estão na ativa) sejam vacinados ainda hoje, no Senai, na avenida XV de Novembro.
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A aplicação das doses foi organizada pela Secretaria de Segurança Pública (Sesp) com o apoio de todas as instituições de segurança, das esferas federal, estadual e municipal. A intenção era aplicar a primeira dose da vacina em dois dias, mas ontem a vacinação foi suspensa após horas de espera, já que o município não havia retirado os imunizantes na central de distribuição da Secretaria Estadual de Saúde (SES).
O caso gerou polêmica entre estado e município. O prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) foi responsabilizado pelo problema e acusado de politizar a imunização das Forças de Segurança. O emedebista, por sua vez, explicou que a prefeitura só teve autorização oficial da Comissão Intergestores Bipartite do Estado (CIB) ontem, sendo que as doses foram retiradas no período da tarde e entregues na manhã de hoje.
O comandante-geral do Corpo de Bombeiros, coronel Alessandro Borges Ferreira, destacou que a vacinação irá garantir os bons trabalhos realizados pela corporação. “A sensação é a melhor possível. Nós do Corpo de Bombeiros estamos na linha de frente desde o início da pandemia, atendendo diversas ocorrências e transportando pessoas contaminadas. Tivemos muitas baixas no Corpo de Bombeiros, por conta desse atendimento aproximado. Com essa vacinação, vai dar uma tranquilidade muito grande a nossa tropa. Irá elevar a moral para continuar na missão de cuidar das pessoas e transportar as pessoas contaminadas”.
O policial federal Paulo Gomes também falou do sentimento de alívio ao receber a primeira dose. “Somos linha de frente do combate à corrupção, nada mais justo que os policiais de toda a força de segurança nacional sejam vacinados, para que possamos continuar a combater o crime. Os crimes não pararam. As polícias não tem lockdown, continuamos sempre nas ruas”.
A delegada Maria Alice Barros Martins Amorim, presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia de Mato Grosso (Sindepo), afirmou que a luta pela saúde dos agentes será até que o último da linha de frente esteja imunizado. “A gente vem lutando para esse reconhecimento há mais de 80 dias, numa guerra diária, perdendo profissionais todos os dias. Desde o início da pandemia nossos profissionais não pararam. Precisávamos desse reconhecimento do governo. O profissional da segurança, como está na linha de frente, em contato direto com as pessoas, acaba, se doente, propagando isso. A segurança precisa estar segura para realizar seu papel. É o início do reconhecimento”.
