Presidente da Comissão da Renúncia e Sonegação Fiscal da Assembleia Legislativa (ALMT), o deputado Wilson Santos (PSDB) afirmou que a mineração de ouro é o setor em que mais há sonegação no estado. Revela que a atividade é muito utilizada para a lavagem dinheiro, pois há pouca fiscalização.

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“O setor da mineração corre solto em Mato Grosso. Há sonegação forte no setor, que não deveria acontecer, pois é a atividade econômica no Brasil que menos paga imposto. 1% de IOF e 1,5% de Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM). Ou seja, 2,5% de imposto e sonegam, pois, parte disso vai para a lavagem de dinheiro do narcotráfico e da roubalheira na política”, declarou.

A CPI ouviu nesta terça-feira (20) os presidentes da Metamat, Juliano Jorge Boraczynski, e da Cooperativa dos Garimpeiros do Vale do Rio Peixoto (Coogavepe), Gilson Gomes Camboim.

Wilson ressalta que a Polícia Federal tem em curso mais de 50 investigações sobre garimpos ilegais, lavagem de dinheiro e sonegação e que o caminho para solucionar o problema é legalizar os garimpos que funcionam de forma clandestina. Conforme Juliano, 80% dos que estão em atividade são ilegais, pois a Agência Nacional de Mineração (ANM) não emite o Permissão de Lavra Garimpeira (PLG).

“Hoje teve uma fala estarrecedora do presidente Juliano Jorge. Disse que a ANM não aceita se relacionar com a Metamat. Houve uma sugestão interessante do Gilson, de que o caminho seria a criação de um conselho estadual da mineração. Vou encaminhar aos colegas para a aprovação da proposta”, declarou.

Por considerar um setor pouco investigado, já que envolve criminosos. Wilson afirmou que todos serão investigados, independente de quem seja.

“É um assunto pesado, em que poucos tem coragem de tocar nessa ferida. É um segmento que gera muito medo em muitos setores, mas é preciso enfrentar. Não só o combate a sonegação, mas no caso da mineração, a lavagem de dinheiro sujo.  Nós vamos investigar todos., doa a quem doer. CPI vai fazer levantamento de todos os garimpeiros, mineradores, cooperativas. Todos deverão encaminhar informações para a CPI”, pontuou.