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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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​HOMICÍDIO QUALIFICADO

PJC indicia PM que matou universitária a tiros na frente do namorado após briga de trânsito em Cuiabá

Foto: Rogério Florentino / Olhar Direto / Reprodução

PJC indicia PM que matou universitária a tiros na frente do namorado após briga de trânsito em Cuiabá
A Polícia Civil concluiu o inquérito do homicídio que vitimou a universitária Adriele da Silva Munis, 25 anos, ocorrido em dezembro de 2016, na Capital, e indiciou o autor por homicídio doloso qualificado. No inquérito instaurado pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Cuiabá, o autor do crime, o policial militar Edivaldo Junior Rodrigues Marques de Souza, foi indiciado ainda por tentativa de homicídio qualificado contra as outras três pessoas que estavam no veículo com a vítima.


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Adriele foi atingida por um tiro nas costas, que perfurou o pulmão e o coração, quando estava em um veículo Palio com seu namorado e mais duas pessoas voltando de uma festa no bairro Duque de Caxias, na madrugada de 18 de dezembro de 2016.

O veículo em que Adriele estava, descia pela Avenida Isaac Póvoas e antes de chegar à Avenida Tenente-coronel Duarte, o condutor colidiu na lateral dianteira de um Honda Fit e seguiu à frente do carro, cujo motorista fez três disparos contra o Pálio, antes de chegar ao cruzamento entre as duas vias. Um dos disparos atingiu Adriele, que caiu no colo do namorado. 

O motorista do Pálio correu em busca de socorro na Santa Casa, que não estava aberta e em seguida buscou o Pronto-Socorro de Cuiabá, onde a vítima morreu minutos depois de dar entrada na unidade.

Após quatro anos de diligências para confirmar a identidade do veículo que era conduzido pela pessoa que realizou os disparos, assim como cruzamento de informações, análise de inúmeras câmeras de segurança, depoimentos e laudos, a equipe do delegado Caio Fernando Albuquerque conseguiu fechar a linha de investigação e coletar provas que levaram ao autor dos disparos.

“O caso, por longos quatro anos, padeceu de suporte informativo a ponto de se alcançar a autoria. As imagens coletadas, ainda que descrevessem boa parte da dinâmica, não identificavam o veículo de onde partiu os disparos. Morreu uma jovem, de apenas 25 anos, com um tiro nas costas, quando apenas retornava a sua residência, após confraternização na casa de amigos, e sem dar causa, de qualquer modo, ao ocorrido. A angústia dos familiares, principalmente da mãe dela, persiste por todos esses anos”, explicou o presidente do inquérito.

Na última semana, o delegado encaminhou representação pela prisão preventiva do investigado ao juízo da 12ª Vara Criminal de Cuiabá, que indeferiu o pedido. “Condutas como essa, notadamente perpetradas por quem se espera o contrário, são inaceitáveis; uma jovem perdeu a vida sem dar o mínimo motivo, e, por muito pouco, seus amigos não tiveram o mesmo triste fim. Uma mãe, até hoje, peregrina à Polícia Civil e Ministério Público, suplicando a apuração do ocorrido com a filha”, destacou Caio Albuquerque.

Voltando de uma festa

Adriele Munis e o namorado foram a uma festa no bairro Duque de Caxias, na noite de 17 para 18 de dezembro. Após o fim da confraternização, o casal foi embora com dois amigos, um deles o aniversariante.  

Indícios e análise de câmeras, além de depoimentos coletados, apontaram que o veículo em que estava Adriele trafegava na Avenida Isaac Póvoas e no cruzamento com a Avenida Presidente Marques, houve a colisão do Pálio na lateral direita do Honda e uma discussão entre os ocupantes dos dois veículos e a partir desse ponto inicia-se a perseguição do Palio pelo Honda.

Os dois veículos passaram pelo cruzamento com a Rua Barão de Melgaço, ao lado da Praça Rachid Jaudy, quando então ocorreram os três disparos vindos do Honda Fit, que atingem o Palio na parte traseira e alveja Adriele nas costas.

Com a morte de Adriele no Pronto-socorro de Cuiabá, a DHPP iniciou a investigação do homicídio e começou as diligências para reunir informações que pudessem chegar ao autor dos disparos. Diante das primeiras informações coletadas, além de depoimentos iniciais dos ocupantes do Pálio, a equipe de investigação traçou uma linha que chegou a um possível suspeito, que depois não se confirmou.
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