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Sexta-feira, 19 de abril de 2024

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Operação da PF e MPF

Aeronaves do tráfico voltavam recheadas de dinheiro para MT e Bolívia após entrega de droga; grãos disfarçavam transporte

Foto: Reprodução

Aeronaves do tráfico voltavam recheadas de dinheiro para MT e Bolívia após entrega de droga; grãos disfarçavam transporte
As mais de dez aeronaves apreendidas nesta quinta-feira (06), durante a ‘Operação Grão Branco’, deflagrada pela Polícia Federal e Ministério Público Federal (MPF), com objetivo de desarticular uma organização criminosa atuante no tráfico internacional de drogas, voltavam para Mato Grosso e Bolívia recheadas de dinheiro após os entorpecentes serem entregues em São Paulo. O uso de grãos durante o transporte em caminhões era feito com o único objetivo de disfarçar as viagens.


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Pilotos do tráfico recebiam R$ 100 mil por viagem para levar carga de droga avaliada em R$ 8 milhões
 
“Valores muito altos retornavam para a Bolívia e eram reinseridos no tráfico de drogas, para compra de aeronaves, entre outros. As vezes, até os aviões vinham carregados de droga e retornavam com o dinheiro. O mesmo acontecia com os caminhões, que traziam o dinheiro no mesmo compartimento oculto, depois era carregado nas aeronaves e iam para a Bolívia. Tinham outros métodos de transações também”, pontuou o delegado da Polícia Federal, Adair Gregório.
 
O transporte de grãos era feito pelos bandidos justamente para dar um motivo para as viagens entre Mato Grosso e São Paulo. “Se voltassem com o caminhão vazio, ia gerar uma desconfiança muito grande. Carregavam milho e soja para que, em uma eventual abordagem, dissessem que estavam fazendo trabalho lícito. Como era bem escondida a carga, em uma abordagem simples não era possível identificá-la”, explica o delegado.
 
Os caminhões ficavam no nome das pessoas que faziam o transporte, também como forma de evitar maiores problemas com a fiscalização.
 
Os pilotos das aeronaves recebiam em torno de R$ 100 mil por viagem. Os caminhoneiros que faziam o transporte das drogas eram pagos com montantes menores, mas que ainda servia para aliciar pessoas que precisassem de dinheiro fácil.
 
Os pilotos eram os responsáveis por fazer o transporte da droga da Bolívia para o Brasil e também de dentro do país. Voavam claramente sem plano de voo e bem baixo, para evitar os radares. As cargas que eles transportavam eram avaliadas em até R$ 8 milhões.
 
As investigações tiveram início em janeiro de 2019, quando a Polícia Federal e o Grupo Especial de Fronteira – Gefron de Mato Grosso, apreenderam 495 kg de cocaína no município de Nova Lacerda/MT. No curso da operação, foram realizados mais de 10 flagrantes com apreensão de aproximadamente 04 toneladas de cocaína, aeronaves e veículos utilizados no transporte e a prisão de mais de 20 pessoas envolvidas com o crime.
 
Em razão da complexidade da operação, além da atuação da Polícia Federal, foi necessário o apoio da Força Aérea Brasileira, GEFRON/MT, PRF, PC/MT, PM/MT, PM/MS e PM/SP.
 
O nome da Operação “GRÃO BRANCO” deve-se ao transporte de grãos (soja, milho) do Estado de Mato Grosso para São Paulo para justificar as viagens das carretas que transportavam a cocaína.
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