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Fórum critica proposta de isenção para aposentados, reclama de falta de diálogo do governo e não descarta greve

24 Mai 2021 - 11:50

Da Redação - Airton Marques / Do Local - Max Aguiar

Foto: Rogério Florentino / Olhar Direto

Fórum critica proposta de isenção para aposentados, reclama de falta de diálogo do governo e não descarta greve
Descontentes com a proposta de isenção de desconto previdenciário aos aposentados e irritados com a falta de diálogo por parte do Palácio Paiaguás, membros do Fórum Sindical, que reúne os sindicatos dos servidores estaduais, não descartam a deflagração de greve em Mato Grosso.


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“A conversa já começou quente. As pessoas estão escondidas atrás da pandemia. O próprio presidente da República fazendo a maior anarquia no país para desmoralizar um ou outro. Aquele (Ricardo) Pazuello (ex-ministro da Saúde), sem vergonha, foi na CPI (da Covid) pedir desculpa e aparece ontem com a cara mais deslavada sem máscara e o povo aplaudino. Então, vamos pro pau. Mas os servidores tem que entender que pandemia e atrocidades do governo é a mesma coisa”, disse o presidente do Sindicato dos Profissionais da Área Instrumental do Governo, Edmundo Cesar, após reunião do Fórum, na manhã desta segunda-feira (24).

Edmundo afirma que a proposta em análise do Conselho da Previdência e que será encaminhada à Assembleia Legislativa (ALMT) não contempla a luta das categorias, que é atender todos os servidores, isentando o desconto de 14% da alíquota previdenciária para todos que ganham até o teto do INSS, que é de R$ 6,4 mil.

Já a proposta apresentada pelo Paiaguás estabelece que os aposentados que ganham até R$ 9 mil terão um “desconto” de R$ 3,3 mil para o cálculo da alíquota. Por exemplo, hoje uma pessoa que ganha R$ 9 mil paga 14% sobre este salário, ou seja, R$ 1.260. Se o projeto for aprovado, a pessoa pagará os 14% sobre a diferença de (R$ 9 mil – R$ 3.300), ou seja, 14% sobre R$ 5,7 mil, totalizando R$ 798 de desconto. Os que ganham mais que R$ 9 mil o “rebate” continua sendo de apenas um salário mínimo, e quem ganha até R$ 3,3 mil não paga nada.

“A Reforma da Previdência não está da forma que queremos, querem proteger, com razão, quem ganha até R$ 9 mil e exonerar R$ 3,3 mil. Mas, há muita insatisfação, pois tem muita gente que ganha R$ 9,1 mil, por exemplo. Quem ganha acima de R$ 9 mil vai ficar nesse novelo que está hoje e quem ganha até esse valor vai desonerar até R$ 3,3 mil. Na mensuração, diz que atende até 60% dos aposentados”, declarou.

Edmundo ainda questiona a proposta aos aposentados por doenças incapacitantes, que também devem ser incluídos nessa proposta do governo. “Pelo modelo antigo, era até o dobro do teto da Previdência. Eles tiraram isso. Hoje os aposentados por doença incapacitante descontam 14% sobre o que excede o salário mínimo. Uma tremenda sacanagem que o governo faz”.

“A Assembleia é benevolente ao governo, fantasiosa. O que fizeram com Reforma da Previdência foi uma fantasia. O Fórum Sindical mendigou e suplicou para que os deputados não votassem essa reforma e agora está ai a consequência”, disparou.

O sindicalista também detona a gestão Mauro Mendes (DEM). Afirma que o secretário Mauro Carvalho (Casa Civil) não recebe os membros do Fórum Sindical. Além disso, critica a Secretaria Estadual de Planejamento e Gestão (Seplag), por estar exigindo que os sindicatos façam recadastramento de seus filiados.

“O governo do estado simplesmente trancou as portas da Casa Civil e secretariado, pois não tem argumento para se defender contra nós. Talvez nós vamos fazer pressão na porta da Casa Civil, pois o cara é obrigado a nos atender, pois vivemos em um país democrático, querendo ou não”, afirmou.

“Nós que temos que cadastrar os servidores. Temos fichas autorizativas assinadas. Tem servidor que está filiado desde que o sindicato foi criado, como vamos encontrá-los? Temos servidores que estão na Suíça, outros em São Paulo e fazendas. Isso chega a ser ridículo o secretário de planejamento e gestão propor isso. Falar que as pessoas pedem desfiliação e nós não desfiliamos. Eu mando desfiliar na hora esses inconsequentes que não sabem o que é ser filiado”.

RGA

Outra pauta debatida durante a reunião foi a Revisão Geral Anual. O governo estadual se comprometeu a pagar 2% da RGA referente a 2018, na folha salarial de maio, mas Edmundo cita a lei 10.572/2017, na qual fala que é 6,19%. “Foi um contrato de risco que o governo assinou com a gente. Agora vem o governador, acompanhando conselheiros que não eram da efetividade do TCE, dizendo que era 2% e está pagando dívida de Pedro Taques. Não está pagando dívida de ninguém, quem deve é o estado, não é Taques nem Mauro”.
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