Apesar dos sinais da chegada de uma terceira onda da Covid-19, os movimentos sociais, como o Juventude Revolução, mobilizam atos pelo “Fora Bolsonaro” em diversos municípios do país, entre eles Cuiabá, no próximo sábado (29). Deputados de esquerda ouvidos pelo Olhar Direto afirmam que, apesar do risco, é necessário tomar as ruas para mostrar toda a indignação gerada pelo governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), principalmente durante a pandemia. Além de uma carreata partindo da UFMT a partir das 9h, os manifestantes devem realizar ato na Praça Alencastro, a partir das 15h.

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Sobre o comparativo aos movimentos organizados por movimentos que apoiam o presidente, os políticos garante que são diferentes, já que nesse caso há a preocupação com a não contaminação.

“Nossa preocupação com o distanciamento e proteção da população é total. Mas também achamos que não dá para parecer que compactuamos com o que está posto. Parcela da população não está entendendo o que está acontecendo, precisamos disputar as ruas e a narrativa com esses que querem nos empurrar cada vez mais para a morte, como se tivesse num transe coletivo, não percebendo o que estamos vivendo. A situação é gravíssima. Não dá pra gente simplesmente não manifestar”, afirmou a vereadora em Cuiabá, Edna Sampaio (PT).


A petista ainda ressalta que a população indignada com o governo federal não pode se ausentar da rua, principalmente neste momento em que a maioria da classe trabalhadora não tem a possibilidade de ficar em casa. Segundo ela, as pessoas que apoiam o presidente se sentem autorizadas e não constrangidas a apoiar um presidente que ri da dor  dos brasileiros e dos mortos.

De acordo com a deputada federal Rosa Neide (PT), que não irá participar dos atos por estar no grupo de risco, a situação do país está ficando cada vez mais difícil, com o presidente Bolsonaro orientado a população a se aglomerar. “Nós vimos que a aglomeração em Brasília com o agronegócio já provocou mortes, mas, ao mesmo tempo, o vemos insistindo na Reforma Administrativa, tirando os direitos dos trabalhadores, sem o Auxilio Emergencial no valor necessário, sem vacina para toda a população. Então, a orientação que os organizadores estão fazendo é que as pessoas reivindiquem direitos, mas mantenham distanciamento, usem máscara”.

O deputado estadual Valdir Barranco (PT), que se recupera das complicações causadas pela Covid-19, não irá participar pessoalmente das manifestações, mas também destacou a importância dos atos e aponta a necessidade dos participantes tomarem todos os cuidados sanitários.

“O que não podemos deixar de fazer é nos posicionar e deixar bem claro e nítido no quanto esse governo genocida está sendo incompetente para qualquer lado e área que se olha. Essa manifestação é para provar, mais uma vez, que a população brasileira já está cansada de tantas mortes e descasos com as vidas que se foram. O que esse país está vivendo é uma vergonha", disse ao Olhar Direto.

O também deputado estadual Lúdio Cabral (PT) é mais um que defende a importância dos atos e ainda avalia se irá participar pessoalmente das manifestações na Capital.