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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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Neri nega influência do governo Bolsonaro em texto de novo licenciamento ambiental: “se passou boiada, tem que mostrar qual é o boi”

Foto: Reprodução

Neri nega influência do governo Bolsonaro em texto de novo licenciamento ambiental: “se passou boiada, tem que mostrar qual é o boi”
Alvo de duras críticas, o deputado federal Neri Geller (Progressistas) negou que a Lei Geral do Licenciamento Ambiental (3729/2004), da qual foi relator, faça parte do chamado desmonte ambiental promovido e liderado pelo governo do presidente Jair Bolsonaro. Garantiu que o texto foi debatido com ministros, mas que isso não significa uma interferência do Executivo.


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Neri revela ter conversado com ao menos sete ministros sobre o tema, entre eles Tereza Cristina (Agricultura) e Ricardo Salles (Meio Ambiente), que junto ao presidente do Ibama, Eduardo Fortunato Bim, teriam sugerido aumentar a pena caso alguém cometer crime ambiental.

“É importante para o país, o Ministério de Minas e Energia tem interesse nisso, pois tem muitas obras de PCH, que geram energia limpa, que podem ajudar na economia do Brasil e precisam ser destravadas. Precisa dos ministérios setoriais, mas isso não foi uma pauta só do governo federal, vem de anos”, explicou, durante live ao Olhar Direto no Instagram.

Falando em Salles, Neri também comentou as acusações que ligaram a nova lei de licenciamento à fala do ministro durante reunião ministerial realizada em 22 de abril de 2020, na qual disse que o governo federal deveria aproveitar que as atenções da mídia estavam voltadas para a pandemia para “passar a boiada” e mudar regras ligadas à proteção ambiental e à área de agricultura, evitando questionamentos na Justiça.

Se abriu a porteira para abrir a boiada, tem que mostrar qual é o boi, tem que ir ao relatório e me mostrar onde está qualquer possibilidade de abertura desenfreada

“Se abriu a porteira para abrir a boiada, tem que mostrar qual é o boi, tem que ir ao relatório e me mostrar onde está qualquer possibilidade de abertura desenfreada. Não existe. Não iria me expor nacionalmente, se não tivesse segurança no que estou falando. Não teve por parte do ministro Ricardo Salles nenhuma influência no sentido de soltar a boiada. Teve segurança e a lei será importante para o país e, principalmente, para Mato Grosso”, declarou.

O parlamentar avalia que apesar de a votação ter sido realizada na gestão do presidente Arthur Lira (Progressistas), eleito com apoio de Bolsonaro, a matéria foi proposta em 2004 e andou no período em que Rodrigo Maia (DEM-RJ) foi presidente. Ressalta que independente de governo, a lei, que será analisada pelo Senado, é benéfica ao país.

“Esse tema, para Mato Grosso, é a solução para muitos problemas que estamos enfrentando. Temos a BR-242 que está parada, não tem o licenciamento, pois passa numa área de abrangência de reserva indígena. Esse licenciamento é exatamente para dar segurança e fazer com que as obras importantes para o país possam acontecer. Fiz discussão com toda a sociedade, inclusive com entidades ligadas a preservação do meio ambiente”, disse.

“Fui o relator que teve coragem de falar sobre o assunto. Hoje falar sobre licenciamento ambiental é a pior coisa do mundo. Mas isso é a melhor coisa para o Brasil, inclusiva para a sustentabilidade. Recebi criticas por ambientalistas, mas estou muito feliz, pois recebi muito mais elogios. Tive coragem de ir ao plenário e discutir ponto a ponto, fiz convencimento. Saímos de 200 e poucos votos e fomos ara 300”, pontuou.
 
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