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NO RIO CUIABÁ

Marfrig pode ser multada em até R$ 10 mi, mas secretária afirma que não houve dano ambiental grave com vazamento

07 Jun 2021 - 15:00

Da Redação - Airton Marques / Do Local - Max Aguiar

Foto: Olhar Direto

Marfrig pode ser multada em até R$ 10 mi, mas secretária afirma que não houve dano ambiental grave com vazamento
Instalada em Várzea Grande, a Marfrig pode ter que pagar multa de R$ 10 mil a R$ 10 milhões, pelo despejo de resíduos sem tratamento no Rio Cuiabá, na sexta-feira (04). O valor da penalidade, de acordo com a secretária estadual de Meio Ambiente, Mauren Lazzaretti, vai depender quantidade de efluentes e os eventuais danos causados à natureza.


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O vazamento do efluente repercutiu principalmente nas redes sociais, após vídeo com um líquido preto ‘manchando’ o Rio Cuiabá ser divulgado pelo perfil Perrengue Mato Grosso no Instagram.

De acordo com Mauren, a Sema identificou a empresa responsável pelo despejo ainda na manhã de sexta, que logo teria corrigido os problemas e parado com a poluição. Equipe da Pasta também fez a coleta da água para fazer os exames e com os resultados, poder aplicar sanções cabíveis ao empreendimento.

“Tiveram um erro de manobra na operação do empreendimento. Foi feito lançamento por pouco mais de uma hora. E eles cessaram logo quando entramos em contato e já fizemos a coleta para identificar os parâmetros e com isso poder adotar as medidas sancionatórias. Possivelmente haverá multa, pela operação irregular. Só precisamos saber o resultado dos exames laboratoriais pra ver o quanto, pois o valor da multa está atrelado ao tipo de impacto, ao grau de gravidade daquela ação”, explicou Mauren, que ainda ressaltou a possibilidade de tal montante ser revertido em serviços, como reflorestamento, caso a empresa firme um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC).

A unidade de Várzea Grade opera com abate, desossa, beef e produção de kibe, almôndega, hambúrguer e carne moída.

Mauren ainda afirma que foi possível avaliar o tamanho do estrado feito pelo vazamento. Diz que o efluente despejado já havia passado por algum tratamento e que isso não causou alta poluição do rio.
“Como não foi um lançamento muito prolongado e também é um efluente que tem um certo tratamento, a gente não viu morte de peixe, alteração da vegetação. É um lançamento irregular, equivocado, mas ele não teve impacto expressivo, até pelo pouco tempo que ocorreu e a autuação imediata”, explicou.

“O efluente, dentro do sistema de tratamento, é lançado no Rio Cuiabá, mas já tratado. Não in natura como aconteceu. Então, isso é um processo natural em todos os locais do Brasil. A gente chama de lançamento com diluição. Depois que você trata o seu efluente, você retorna água por curso d’água, com parâmetros aceitáveis pela resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente e ele dilui”, pontuou.
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