Apesar de garantir não ser contra a aquisição de 670 mil doses das vacinas contra a Covid-19 pela Prefeitura de Cuiabá, o secretário estadual de Saúde, Gilberto Figueiredo, demonstra pouca confiança de que o Ministério da Saúde irá atender o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), que fez tal exigência como forme de compensar o município pela realização de cinco jogos da Copa América, na Arena Pantanal.

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Gilberto afirma que o governo federal não envia doses diretamente a municípios e que a distribuição das vacinas é feita de acordo com decisão da Comissão Intergestores Bipartite (CIB).

Questionado sobre o pedido de Emanuel Gilberto ironizou. “Alguém que era contra, agora quer um beneficio. Se o ministério mandar será para todos os estados que serão sede. Acho pouco provável que isso seja atendido, se for, que ótimo, vão para o estado, não será algo específico a Capital”.

Jogos em MT

O secretário também defendeu a realização do campeonato sulamericano em Cuiabá. Disse que cinco jogos não serão responsáveis pela piora da pandemia e criticou a Rede Globo, por ter se posicionado contra a realização da competição.



“Com toda segurança sanitária, sou a favor. Seria uma hipocrisia achar que cinco jogos a mais da Copa América vai criar um caos no país. Todos os campeonatos estão ocorrendo, semana passada teve jogo da Seleção brasileira com a do Equador. Não tem razão neste momento para criar um cavalo de batalha por cinco jogos que serão realizados na Arena Pantanal, sem público e todo controle sanitário”, declarou.

Gilberto avalia que as críticas pela realização da Copa América é mais uma questão política. “Creio que é muito mais uma guerra política, interesse comercial de alguns, pois emissoras que vejo se posicionando totalmente contra, no mesmo minuto faz maior propaganda de todos os demais campeonatos de futebol. Isso é uma hipocrisia”.

Para não perder o costume, criticou o prefeito por ter jogado ‘pelada’ no domingo (06), durante entrega da reforma de praça no bairro CPA III. Em sua avaliação, tais partidas trazem mais risco de infecção do que eventos da magnitude da Copa América.

“Acho que tem mais aglomeração e gera mais risco de infecção as peladas que são realizadas nos campinhos da periferia e botecos lotados de gente. E não vejo ninguém trabalhando para impedir isso”, pontuou.