A suplente de deputada federal Gisela Simona (PROS), que recentemente foi atacada pelo agora ex-presidente estadual do PROS e deputado estadual João Batista, negou que tenha a intenção de sair do partido e afirmou que o problema do deputado não é com ela, e sim com o presidente nacional da sigla. Batista chegou a afirmar que Gisela lhe deu uma ‘rasteira’ para que ele deixasse a presidência do PROS, o que ela nega.
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“Na verdade, o mandato do deputado João Batista [como presidente] findou dia 4 de maio. Ele sabia que não haveria uma nova eleição nesse momento, houve um acordo com o diretório nacional em que neste momento nós teríamos de forma provisória uma pessoa neutra, que não fosse nem candidata a federal nem a estadual, para ajudar a fazermos as regras para o próximo pleito. Regras internas, no sentido as novas chapas que vão se compor, o João Batista concordou com isso, mas havia uma vontade de ficar até o final do ano, mas foi respeitado a vontade dos correligionários no sentido do prazo que ele foi eleito”, afirmou Simona na manhã desta quarta-feira (9).
No final do mês de maio, Batista afirmou que foi retirado do cargo de presidente, onde deveria permanecer até novembro, porque não quis expulsar o sindicalista Oscarlino Alves do PROS. Em seu lugar entrou Laodicéia Rocha, que vive em Goiás. Em 2020, Oscarlino não seguiu a orientação do partido de apoiar Abílio Junior (PODE) no segundo turno das eleições municipais, e apoiou o candidato [que depois foi vencedor] Emanuel Pinheiro (MDB). Oscarlino hoje, inclusive, é secretário de turismo da Prefeitura. Na ocasião, Batista afirmou que Gisela havia articulado essa mudança na presidência.
Gisela, por sua vez, nega. Segundo ela, que foi candidata derrotada no primeiro turno das eleições municipais em Cuiabá em 2020, a decisão da mudança na presidência foi tomada em ‘ampla convenção’, registrada em ata e em cartório. “Agora, com relação à presidência do partido, é muito normal que muitas vezes você quer continuar para poder formar uma chapa do seu jeito, isso é natural que aconteça, mas o PROS está caminhando para um momento de muita transparência, querendo ter novos membros, e quanto mais transparência nós tivermos, acreditamos que podemos agregar mais pessoas”, completou.
Apesar disso, Simona afirma que não há nenhum atrito entre ela e Batista, e sugere que cada um pense em sua candidatura em 2022 (quando ela quer sair de novo a deputada federal). Sobre Oscarlino, Gisela explicou que ele responde a um processo disciplinar junto à nacional, e também não há planos de expulsá-lo antes do fim deste processo.
Mesmo diante dos conflitos e com convites do MDB, Podemos e Republicanos, a suplente não fala em deixar o PROS. “Por conta de ter iniciado minha vida política no PROS meu primeiro passo é tentar fazer a chapa dentro do PROS. Nesse ano de 2021 estamos nessa busca de formar essa chapa de formar esse grupo. E aí é claro, se a gente não conseguir nós vamos ter que buscar outros caminhos. Mas a ideia principal e a meta é fazer a chapa do PROS”, defendeu.
