O prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) afirmou que ainda não está à par da segunda fase da operação ‘Overpriced’, deflagrada na manhã desta quinta-feira (10) pela Polícia Civil de Mato Grosso, por meio da Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor), mas citou que toda vez que a capital está em ‘clima de boas notícias, fatos estranhos acontecem’. Emanuel afirmou que desconfia de perseguição à sua gestão por membros da Deccor.
Leia também:
Prefeitura afirma que pagamentos a empresa alvo de operação estão suspensos desde 2020
“Toda hora que a Prefeitura de Cuiabá vem com grandes notícias para a cidade, acontecem fatos estranhos, mas se for de conduta de servidor, algo que venha a desabonar a nossa gestão, tem todo meu apoio, toda a minha colaboração e a minha determinação é ser colaborativo com todas as ações de investigações e transparência”, declarou o prefeito.
A primeira fase da Overpriced foi realizada em outubro do ano passado. Na ocasião, a equipe da Deccor identificou irregularidades em procedimentos licitatórios envolvendo ao menos três empresas que forneceram medicamentos à Secretaria Municipal de Saúde, por meio de dispensa de licitação, durante o período da pandemia ocasionada pela covid-19.
Desta vez, a decisão decretada pela juíza da 7ª Vara Criminal da Capital, Ana Cristina Silva Mendes, determinou o bloqueio de valores no valor de R$ 2.175.219,77. Após a representação dos delegados da Deccor e dos promotores, o Poder Judiciário determinou que os quatro servidores investigados à época dos fatos, possivelmente envolvidos com a organização criminosa, cumpram medidas cautelares, entre elas a proibição de acesso à Secretaria Municipalde Saúde de Cuiabá e proibição de contato entre investigados e servidores dos quadros do órgão de saúde da Capital.
Para Emanuel, há indícios de perseguição e ele irá tomar providencias em breve. “Eu não gosto de atacar instituição. Membros que compõem as instituições é que são passiveis de abuso, então tem alguns membros dessa instituição que tem indícios muito fortes de abusos e de perseguição com o intuito de atingir o prefeito e a gestão Emanuel Pinheiro, mas em breve vou me manifestar sobre isso”, declarou.
O prefeito ainda comentou que um dos pedidos da Deccor, que foi sobre a suspensão de pagamentos à empresa em questão, já vinha sendo cumprido pela Prefeitura desde a primeira fase a operação. “Eu não defendo coisa errada não. Uma prefeitura com 20 mil servidores, com quase mil cargos comissionados, o ser humano é passível de erro. Errou? Não tenho compromisso com erro, manda brasa, vai ter todo meu apoio, toda minha colaboração, e eu tenho compromisso é com a população cuiabana”, completou.