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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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Operação Rota Final

Dilmar diz que Gaeco levou R$ 150 mil de sua casa, mas dinheiro era de venda de trator e havia nota fiscal

Foto: Olhar Direto

Dilmar diz que Gaeco levou R$ 150 mil de sua casa, mas dinheiro era de venda de trator e havia nota fiscal
O deputado estadual Dilmar dal Bosco (DEM), que foi alvo da operação ‘Rota Final’, deflagrada pelo Ministério Público do Estado de Mato Grosso, por meio do Núcleo de Ações de Competência Originária (NACO) e do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (GAECO), no último mês de maio, afirmou que no dia da busca e apreensão foram levados R$ 150 mil de sua casa em Sinop, mas que o valor era proveniente da venda de um trator e que ele, inclusive, apresentou nota fiscal. Dilmar afirmou que fica triste por sua esposa e sua filha, e ratificou sua inocência no caso.


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Segundo o parlamentar, sua família foi atacada durante a operação. “Mesma coisa quando vai [me investigar] porque diz que me viu almoçando num restaurante em Ipiranga do Norte, e agora arquiva. Então as coisas são difíceis, hoje tudo é o contrário. Eu acho que antes das suposições, [deveriam] chama[r]  para ver o que tem de verdade ou não, e saber separar o que é o público e o que é privado. Privado é uma coisa e público é outra. As licitações nunca pararam, todas elas continuaram, o processo continuou, tanto que o Estado agora suspendeu. Suspendeu porquê? Tem alguma coisa irregular, alguma coisa errada? Não tem nada, tudo aconteceu normal”, lamentou o parlamentar.

Dilmar Dal Bosco (DEM) e Pedro Satélite (PSD), alvos da operação, integraram a Comissão Especial de Transportes da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), nas condições de relator e presidente. Ambos agiram, segundo investigação, para atrapalhar procedimento licitatório. A terceira fase da “Operação Rota Final” busca apurar crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e fraude a licitação do setor de Transporte Coletivo Rodoviário Intermunicipal de Passageiros de Mato Grosso (STCRIP-MT), promovida pela Secretaria de Infraestrutura do Estado de Mato Grosso e  Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados (AGER-MT) .  

Durante a operação, foram cumpridos mandados de busca e apreensão nas residências de Dilmar, Pedro Satélite e da assessora parlamentar. Foi cumprida, ainda, ordem de sequestro judicial de bens dos investigados até o montante de R$ 86 milhões, abrangendo vários imóveis, duas aeronaves (aviões), vários veículos de luxo, bloqueio de contas bancárias e outros bens necessários ao ressarcimento do prejuízo acarretado pela prática dos crimes. 
 
A investigação, iniciada na Polícia Judiciária Civil do Estado de Mato Grosso, foi encaminhada, com autorização do Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso (TJMT), ao GAECO-MT em meados de 2019, onde foi concluída pelas autoridades policiais do Grupo Especializado, com supervisão do NACO Criminal. O Inquérito policial possui 47 volumes de elementos de informações. 

Para Dilmar, a ação foi falha e injusta, e na época ele só estava fazendo seu trabalho como parlamentar. “Eu acredito que daqui a uns dias nós não vamos poder ser parlamentares, não vamos poder ser legislador. Até porque proposituras são apresentadas todos os dias dentro do parlamento, e muitas proposituras são inconstitucionais, como essa própria PEC. É o direito de cada um ter uma defesa. Chega lá dentro da Assembleia, da legislativa, vários problemas de setores segmentos, e você tem que trabalhar por isso”, argumentou.

“Dentro da Assembleia aparece todos os pedidos, e aí você defende o que acha que está certo. Um estudo feito pela empresa, quando feito lá em 2010, falava de quase 8 milhões de usuários dentro do estado de Mato Grosso. Um relatório da Ager em 2014 falava que tinha metade. Quando o Projeto de Lei veio para aprovar em 2011, vários colegas deputados usaram a tribuna falando, olha, isso aqui é um ctrl C ctrl V, na justificativa tinha o estado do Ceará, inclusive, isso tudo foi mostrado”, completou. Segundo Dilmar, o projeto da licitação apresentava falhas. Ele é acusado de tentar atrapalhar o procedimento licitatório para beneficiar a Verde Transportes.
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