O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), ainda não desistiu das doses extras para a capital mato-grossense em compensação à realização da Copa América. Em entrevista à
CNN neste sábado (26), o chefe do executivo municipal revelou que uma nova reunião com o Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, deve ser realizada na próxima semana, para honrar o “compromisso firmado” com Cuiabá.
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“Ontem, o deputado federal Emanuelzinho conversou com o ministro Ramos, e ficou combinado de que até a semana que vem vamos sentar novamente com [o ministro da Saúde, Marcelo] Queiroga. Para definir, dar uma resposta não só ao prefeito, mas também à população cuiabana. Honrando o compromisso firmado com a nossa cidade”, declarou.
Ao longo da semana, o governador Mauro Mendes (DEM) afirmou que nem o ministro Marcelo Queiroga, nem o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) prometeram a vinda de doses extras de vacinas contra a Covid-19 como contrapartida à realização da Copa América. Emanuel afirmou que confiou no Governo Federal e que, nas duas reuniões com Queiroga, as doses foram, sim, prometidas para a capital.
“A decisão de realizar foi tomada, não depende do município. Como prefeito, com o apoio do deputado federal Emanuelzinho, acertamos com o governo de que iria compensar a Capital com doses extras. Cheguei a levar para o presidente. Pedi 290 mil doses da Janssen para imunizar toda a população cuiabana. Será um exemplo para o governo federal. Estou aguardando”.
O chefe do executivo municipal chegou a se reunir com o presidente da república junto do deputado Emanuelzinho no início de junho. À época, Emanuel ressaltou o interesse de Bolsonaro no envio das doses extras, mas na última segunda-feira (21), Queiroga negou o envio durante a reunião da Comissão Temporária da Covid-19 no Senado.
Em 12 de junho, Queiroga chegou a gravar vídeo ao lado de Emanuel e seu filho, o deputado federal Emanuelzinho (PTB), prometendo vir a Cuiabá para trazer boas notícias, mantendo suspense sobre a quantidade de doses que poderiam ser enviadas à Capital. No entanto, revelou que não há uma estratégia específica em relação à competição organizada pela Conmembol. Pontua, no entanto, que o ministério estuda reforçar a vacinação nos estados com grande fronteira seca, a exemplo de Mato Grosso.
“Na verdade, o que está em estudo no PNI é ampliar a vacinação nesses estados com grandes fronteiras secas. São estados grandes territorialmente, mas com concentrações demográficas pequenas, de tal maneira que o esforço para ampliar a vacinação não é tão grande e do ponto de vista epidemiológico pode ser importante, para conter eventuais variantes. Se reforça a vacinação desses estados de fronteira é importante para o controle sanitário do Brasil”, afirmou o ministro.
(3).jpeg "Emanuel não desiste de doses extras para Cuiabá e agenda nova reunião com ministro:")
