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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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Primeiro semestre teve 291 procedimentos instaurados para apuração de crimes informáticos

Foto: Reprodução

Primeiro semestre teve 291 procedimentos instaurados para apuração de crimes informáticos
O avanço das tecnologias e o uso indispensável da internet para trabalho, compras, vendas ou entretenimento faz com que o mundo virtual seja um ambiente de atuação de criminosos nas diferentes modalidades de delitos. Devido à alta complexidade técnica de investigações de crimes praticados por meio eletrônico e a célere evolução do uso da internet por organizações criminosas, a Polícia Civil criou no final do ano passado a Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Informáticos (DRCI), unidade que atua na apuração de crimes cibernéticos próprios e os impróprios.


No primeiro semestre deste ano, a DRCI instaurou 291 procedimentos, entre inquéritos policiais, Autos de Investigação Preliminar (AIP) e Termos Circunstanciados de Ocorrência (TCO) relacionados a crimes informáticos. 

Os trabalhos resultaram em cinco prisões em flagrante delito, 14 representações policiais, 51 oitivas realizadas, 64 boletins de ocorrência registrados e 59 procedimentos concluídos. Além de mais de R$ 500 mil recuperados, oriundos de ilícitos mediante ação rápida da unidade policial. 

A atuação da DRCI tem como foco principal os crimes virtuais próprios. São aqueles que envolvem invasões de dispositivos informáticos, sequestros de dados por meio de malwares e outras situações que atingem a inviolabilidade de dados e/ou de informações. 

A unidade também tem a atribuição de apoio nas investigações sobre crimes impróprios, realizadas por outras delegacias do Estado. Estes são os delitos comuns praticados que utilizam como meio a internet. Entre os crimes impróprios mais recorrentes estão o estelionato, furto mediante fraude, extorsão e crimes contra a honra. 

Segundo o delegado da DRCI, Ruy Guilherme Peral da Silva, o apoio às investigações dos crimes impróprios é realizado por meio de orientações sobre métodos e técnicas de investigações específicas. Em alguns casos, tratando-se de situações de grande repercussão, alta complexidade técnica ou de grande prejuízo financeiro econômico às vítimas, a DRCI fica responsável pelas investigações. 

“Em relação aos crimes virtuais próprios a DRCI tem a atribuição para atuar em todos os casos que ocorrem no Estado após a sua regulamentação. Já nas situações de crimes impróprios, a unidade presta apoio nas investigações realizadas pela delegacia local, assumindo os trabalhos somente em casos específicos, quando houver pelo menos um desses três requisitos”, disse o delegado. 

Estelionato virtual

Não há dúvidas que uma das modalidades de crime de alta recorrência virtual é o estelionato. A criatividade dos golpistas com a finalidade de subtrair valores de vítimas não para e, a cada dia, surgem novos delitos utilizando o meio virtual.

Entre os golpes com maiores vítimas estão o golpe do amor, o golpe do intermediador de vendas e golpe do motoboy. 

Entre abril e maio, cinco pessoas envolvidas em estelionato foram presas em flagrante em ações da DRCI. Em um dos casos, uma mulher se passava por funcionária de um banco para aplicar golpes em pessoas idosas. Ela foi localizada em um quarto de hotel, na região do bairro Bandeirantes, na Capital. Com ela foram apreendidas 15 máquinas de cartão de crédito, utilizadas para realizar as transações bancárias a partir dos cartões que ela adquiria fraudulentamente. 

Em outra ação, no mês de maio, três pessoas envolvidas em estelionato cometido por meio de site de compra e venda na internet foram presas durante investigações da DRCI com apoio operacional de Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Cuiabá. 

Na ocasião, o golpista o utilizou um anúncio de venda de gado para enganar as vítimas e conseguiu subtrair do comprador o valor de R$ 144 mil com a venda fraudulenta de 63 cabeças de gado. Após o pagamento, os criminosos diluíram valores para diversas contas bancárias. Além da prisão dos suspeitos, os trabalhos resultaram na recuperação de R$ 117 mil. Os suspeitos foram autuados em flagrante pelos crimes de estelionato consumado, receptação, associação criminosa, posse ilegal de arma de fogo adulterada e posse de drogas para consumo pessoal.

Invasão de dispositivo informático

No mês de março, uma ação da DRCI conseguiu bloquear administrativamente R$ 122 mil, oriundos de crime de invasão de dispositivo informático e furto qualificado praticado contra uma empresa da cidade de Sorriso. 

As investigações iniciaram após a vítima procurar a Delegacia de Sorriso informando sobre uma movimentação financeira suspeita na conta de sua empresa, sendo realizadas transferências bancárias no aporte de R$ 700 mil. A Delegacia de Sorriso acionou a DRCI, que imediatamente iniciou as diligências e esforços necessários para bloquear os valores que ainda não havia sido sacados com a transação. Com a ação rápida, foi possível bloquear administrativamente junto as instituições financeiras o valor subtraído.

Fake news 

As investigações também apuraram ocorrências de notícias falsas relacionadas à pandemia do coronavírus. Uma das ocorrências foi registrada pela Prefeitura Municipal de Cuiabá relatando o possível crime cibernético em relação a datas e faixa etária para agendamento da vacina contra a covid-19.

O fato gerou aglomeração de pessoas no local de vacinação, atrapalhando a regular atividade de imunização da população da Capital contra o vírus. A falsa divulgação também provocou inúmeros acessos ao site da Prefeitura Municipal pelo qual é feito o agendamento da vacinação.

Pedofilia

No mês de junho, a DRCI ficou responsável pela coordenação em Mato Grosso da Operação Luz na Infância 8, que integra uma mobilização nacional de combate aos crimes de abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes na internet. A operação é articulada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública. 

Em Mato Grosso, foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão domiciliar, sendo três na cidade de Rondonópolis e um em Nova Lacerda. Na ocasião, foram apreendidos equipamentos eletrônicos para verificação de possíveis materiais de conteúdo pornográfico, relacionados à exploração infantojuvenil por meio da internet.

Após a análise das apreensões, um jovem, técnico em informática, foi preso em flagrante. Foram encontrados em seus equipamentos inúmeras imagens com fotografias, vídeos de crianças e adolescentes e arquivos relacionados à pedofilia.
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