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Sexta-feira, 19 de abril de 2024

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Escondido em mata

Preso pela PM, membro do ‘Novo Cangaço’ relata que comia plantas e frutos jogados por macacos

Foto: Reprodução

Preso pela PM, membro do ‘Novo Cangaço’ relata que comia plantas e frutos jogados por macacos
Salvador Santos Portela, 50 anos, preso no dia 09 de julho, pela Polícia Militar, por participação no roubo de R$ 900 mil das agências do Sicoob e Sicredi, no município de Nova Bandeirantes (1.026 quilômetros de Cuiabá), no dia 04 de junho, contou detalhes de como sobreviveu na mata sem comida. O homem disse que se alimentava de plantas e frutos jogados por macacos.


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“Quando prendemos o Salvador, ele nos explicou a dinâmica dele ter ficado na mata por um período. Por conta do cerco, ele evitou sair da região. Sobreviveu se alimentando de frutos que macacos jogavam, palmito, quando ele conseguia colher, brotos de plantas, flores, entre outros”, explicou o comandante do Batalhão de Operações Especiais (Bope), tenente-coronel Ronaldo Roque da Silva.
 
Como estava bastante debilitado por conta da falta de alimentação e pela desidratação, Salvador tentou a sorte e resolveu deixar a mata. Porém, acabou preso em um estabelecimento comercial.
 
No dia de sua prisão, Salvador confessou a participação no roubo e levou os policiais até seu esconderijo na mata. Com ele foram encontradas duas espingardas, munições, coletes balísticos, joias e a quantia de R$ 50.407,60.
 
“Estávamos monitorando porque esta também é uma das nossas estratégias. Ele estava bastante debilitado já e não apresentou reação no momento da prisão”, pontuou o comandante.
 
Os outros dois comparsas que haviam fugido com ele na mata também estariam bastante debilitados pelas mesmas razões, conforme o relatado pelo próprio bandido.
 
Divisão de dinheiro
 
Em depoimento à Polícia Civil, Salvador Santos Portela, 50 anos - preso no dia 09 de julho, pela Polícia Militar -, relatou que a promessa feita a ele por Diego Almeida Costa (um dos mortos em confronto com o Bope e responsável por recrutar o acusado) seria de dividir em partes iguais todo o montante conseguido do roubo.
 
Porém, deste total, ainda seriam descontadas as despesas provenientes de toda a preparação do crime. Ao todo, pelo que se sabe até o momento, a quadrilha teria pelo menos 16 integrantes.
 
Na última terça-feira (13), foram completados 40 dias da caçada pelos criminosos. Até o momento, foram nove mortos em confrontos, cinco presos e cerca de R$ 550 mil recuperados.
 
Os mortos são: Romário Oliveira Batista, Maciel Gomes de Oliveira, Luiz Miguel Melek, Waldeir Porto Costa, conhecido como Índio, Diego de Almeida Costa, Adailton Santos da Silva, Ronaldo Rodrigues de Souza e/ou Francisco de Assis Cavalcante dos Santos, conhecido como Galego, Cristiano de Jesus Nunes, de 28 anos, e Samuel Santos Silva, conhecido como Salvador, 44 anos.
 
Os presos são: Salvador Santos Portela, 50 anos, que teve a prisão convertida para preventiva, Edenicio Pereira Cavalcante, conhecido como Coroinha, que teve a prisão em flagrante convertida em preventiva, Josias Silveira, que teve a liberdade provisória com o uso de tornozeleira eletrônica, Franklis Souza de Jesus, conhecido como Frann, teve a prisão em flagrante convertida em preventiva e Valdecir de Salles Barboza, cuja prisão em flagrante foi convertida em preventiva.
 
O roubo as agências do Sicredi e Sicoob aconteceu no dia 4 de junho. Na porta do banco eles deixaram reféns sem camisa e com as mãos para cima, enquanto faziam o recolhimento do dinheiro. Para assustar e evitar a chegada dos policiais, eles dispararam vários tiros em frente à praça pública.
 
Todo ato é semelhante ao usado no estilo Novo Cangaço, que estava extinto em Mato Grosso desde 2013.
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