O governador Mauro Mendes (DEM) criticou a postura de ativistas e políticos que prometem vir a Mato Grosso em agosto para pressionar contra a construção da Ferrogrão, que pretende ser a ferrovia que ligará o estado ao Pará. 

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"Os ativistas internacionais deveriam cuidar dos países deles. Deixa aqui que cuidamos bem. Quando eles tiveram nos países deles o ativo ambiental que temos no Brasil, que eles venham pra cá dar palpite. Eles precisam cuidar para ter 80% de floresta nos países deles. Quando eles tiverem isso, eles venham dar palpite pra nós", disse o governador na saída do evento partidário do MDB, nesta segunda-feira (19), em Chapada dos Guimarães (distante 65 km de Cuiabá). 

A comitiva criticada por Mendes é ligada à Internacional Progressista, entidade criada no ano passado pelo senador americano Bernie Sanders e pelo ex-ministro das Finanças da Grécia Yanis Varoufakis, e que reúne políticos, ativistas e celebridades de diferentes países.

No final de semana, o ministro de Infraestrutura Tarcísio Gomes de Freitas esteve em Mato Grosso e falou da pressa que tem em realizar o lançamento das duas obras ferroviárias, sendo a primeira da Ferronorte, que liga Rondonópolis a Cuiabá e depois do trecho Cuiabá Lucas do Rio Verde. 

Para o secretário-chefe da Casa Civil, Mauro Carvalho, a obra será o futuro para a logística do país. "O governo recebe a todos. Independente da sua ideologia. Agora, dizer que uma Ferrgrão tem problema de sustentabilidade, se ela vai correr ao lado do leito da rodovia? Que problema ambiental que ela pode causar para o estado de MT? Se é uma ferrovia que corre ao leito, do lado da 163. Então não tem problema de ambiental nenhum na Ferrogrão. Muito pelo contrário, ela é totalmente sustentável. Agora nós queremos a emissão de CO2 dos caminhões?", questionou. 

O porta-voz do governo ainda suspeita de ter outros países por trás dessa manifestação, não apenas ambientalistas. "A ferrovia é o maior transporte sustentável do mundo. É o futuro nosso. O mundo quer ferrovia. Agora, vir com uma conversa dessa, deve ter outros interesses por trás disso ai, menos ambiental", concluiu o secretário ao Olhar Direto.