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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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Condutor de embarcação que virou no Manso e matou funcionária de restaurante não tinha habilitação

Foto: Rogério Florentino / Olhar Direto

Imagem de arquivo

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O condutor da embarcação que virou no Lago do Manso, em Chapada dos Guimarães, neste domingo (18), não tinha habilitação para conduzi-la. O acidente causou a morte de Divina da Silva, de 29 anos, funcionária do restaurante Trapiche Xaraés, que estava em seu primeiro dia de trabalho. A mulher deixa um casal de filhos pequenos e o marido que perdeu a visão há pouco tempo por causa de um acidente doméstico.


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“Como estamos no local durante as buscas, podemos constatar que o condutor não era habilitado pela Marinha. O condutor não apresentou sua habilitação e mais detalhes serão apurados no inquérito que será estabelecido para verificação dos fatos” disse o capitão dos Portos de Mato Grosso, capitão de fragata Alessandro Lopes Fajard Oliveira, em entrevista ao Olhar Direto.

“A embarcação se apresenta em bom estado, parece ser nova, porém, sobre o dono, como ela não é uma embarcação inscrita, só após inquérito e apuração poderemos confirmar quem é o dono da embarcação e a atividade que ela estava envolvida no Lago do Manso”, acrescentou.

Ainda conforme o capitão Fajard, a Marinha não foi acionada oficialmente, mas soube do ocorrido pela imprensa e por não fazer buscas noturnas, iniciou os trabalhos por volta das 4h40. “Por volta das 6h, iniciamos as buscas junto com o Corpo de Bombeiros. Eles tinham mergulhador e embarcações que atuaram junto com as embarcações da Marinha. Iniciada as buscas, foram duas horas e quinze até o encontro do corpo”, pontuou.

Uma onda teria sido responsável por virar a embarcação que estaria com ao menos nove funcionários. A mudança no clima e os fortes ventos fazem com que o lago fique agitado, com ondas de até 2 metros.

“Em função da mudança de tempo, tinha um vento forte e o lago estava bem agitado ontem. Inclusive a equipe da Marinha do Brasil atuou até 16h30 realizando fiscalização e buscando atividade de inspeção naval, como sempre estamos todos sábados e domingos”, contou.

Durante acionamento via Ciosp, o informante disse que a vítima estaria com colete salva-vidas. No entanto, durante buscas subaquáticas os bombeiros encontraram o corpo por volta das 8h20 sem a proteção, submerso por 3 metros, a 40 metros da margem do lago.

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Divina estava feliz com seu novo emprego. 

O capitão Fajard disse que só será possível confirmar que ela entrou na embarcação sem o colete depois que testemunhas forem ouvidas. “Por ocasião do corpo encontrado, ele não portava colete salva-vidas. Porém, eu só posso confirmar qualquer informação após o inquérito. Durante o inquérito as testemunhas serão ouvidas e teremos certeza de qual a situação que ela se encontrava na ocasião do acidente”, ponderou.

No domingo, houve uma mudança no tempo por conta de uma frente fria que avançou sobre Mato Grosso. “A Marinha do Brasil recomenda sempre que a meteorologia seja observada na ocasião da navegação. Todas as vezes que temos um vento forte ou uma mudança de tempo, o recomendado é que as embarcações se abriguem para evitar navegar com ondas altas, lago mexido. Ontem era um dia que deveria ser bem observado, em função da virada do tempo e vento forte. Como já confirmado, minha equipe estava lá e observamos que o lago estava bastante mexido em função dos ventos”, afirmou.

Além disso, ele ressaltou a importância do colete.
Todos os tripulantes de embarcação, independentemente da situação ou da área que esteja navegando, devem portar o colete salva-vidas para sua segurança
“Todos os tripulantes de embarcação, independentemente da situação ou da área que esteja navegando, devem portar o colete salva-vidas para sua segurança”.

Embora a Marinha do Brasil não tenha sido acionada oficialmente, os agentes buscaram informações sobre o ocorrido. “Nós achamos e buscamos as informações, mas não fomos acionados em momento algum para essa SAR (busca e salvamento). A responsabilidade por esse tipo de SAR é da Marinha do Brasil”.

Diante da importância de proteção, o capitão disse que iniciará um projeto com a Federação das Indústrias para arrecadar coletes homologados pela Marinha do Brasil e distribuir gratuitamente para todo Mato Grosso.

“Sabemos em alguns municípios do Estado de Mato Grosso, os afogamentos têm matado mais que a criminalidade. O ponto mais importante nessas atividades são as pessoas poderem aproveitar o seu lazer e ao final do dia retornar em segurança para suas casas. É o que a Marinha deseja e esse é o nosso papel.

 Fajard ressalta que a Marinha do Brasil mantém seus canais abertos para solicitações de ocorrências que podem ser feitas via 185 ou pelo telefone (65) 3623-6724, que também é WhatsApp.
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