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Sexta-feira, 19 de abril de 2024

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Violência contra a mulher

Vereadora repudia agressão relatada por esposa de Pivetta: 'Quanto mais poder tem, mais se sente à vontade para manipular'

Foto: Reprodução

Vereadora repudia agressão relatada por esposa de Pivetta: 'Quanto mais poder tem, mais se sente à vontade para manipular'
A vereadora por Cuiabá Edna Sampaio (PT) veio a público se manifestar a respeito da denúncia de agressão feita pela ex-esposa do vice-governador de Mato Grosso, Otaviano Pivetta (sem partido), e se solidarizou com a vítima. Edna afirmou que quanto mais poder o agressor tem, mais se sente à vontade para manipular a mulher, e ainda argumentou que a “estrutura machista e patriarcal” pressiona as mulheres a ficarem caladas.


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Indiciado por agressão ocorrida no dia 7 de julho em Itapema, Santa Catarina, o vice-governador de Mato Grosso, Otaviano Pivetta (sem partido), teria batido com a cabeça da esposa no sofá algumas vezes. O relato foi dado pela vítima, a advogada Viviane Cristina Kawamoto Pivetta, durante conversa com os militares que atenderam a ocorrência. Viviane denunciou o caso à Polícia Militar e chegou a desmentir, mas voltou atrás e seguiu com a acusação.
 
Para Edna, este é um “caso clássico” de violência contra a mulher. “Nós sabemos muito bem como age o agressor. Quanto mais poder o agressor tem, mais ele se sente à vontade para manipular o comportamento das mulheres, para pressionar, para agredir pela segunda vez. A agressão física e depois a agressão moral, passando a mulher por alguém, como se fosse uma louca, alguém que tivesse falado alto, exagerado, que não era verdadeiro. Então ela é [tida como] mentirosa, ela é louca, ela inventou sobre um homem poderoso que jamais poderia ter tido esse comportamento reprovável”, afirmou a vereadora em vídeo publicado em suas redes sociais.

A petista ainda argumentou que violência de gênero não tem classe social, apesar de mulheres pobres e negras, estatisticamente, sofrerem mais. “A violência contra a mulher diz respeito ao poder que os homens, numa sociedade machista, têm e agem sobre os corpos dessas mulheres. É por isso que desde o senhorzinho lá do bairro que violenta sua mulher, que pratica estupro de vulnerável, que bate na mulher, às vezes tem que ir para a delegacia, não pode ir porque depende desse homem, até o vice-governador agem da mesma forma. E o que protege esses homens? O que garante que esses homens continuem agindo da mesma forma? É essa estrutura machista, patriarcal, que silencia as mulheres, que quer pressionar as mulheres para que elas não falem”, argumentou.

Por fim, a vereadora se colocou à disposição de mulheres que sofrem qualquer tipo de violência e afirmou que seu gabinete está aberto para elas. “Queremos nos juntar a todas aquelas que querem reagir contra essa estrutura absurda de violência que impede, que interdita as mulheres de serem o que são, que interdita as mulheres de falar, que interdita as mulheres de exercer sua plena cidadania”.

Caso na Câmara

Além do caso do vice-governador, Edna também citou o agora ex-Secretário de Gestão Administrativa da Câmara, Bolanger José de Almeida, que foi exonerado após denúncia de que estaria cometendo abusos e importunações sexuais contra funcionárias da Câmara de Vereadores de Cuiabá.

“Na Câmara, as duas servidoras, no gozo de sua estabilidade de emprego, tomaram a atitude corajosa de denunciar o agressor. Ele foi exonerado. Mas, é preciso que a justiça puna adequadamente esses comportamentos inaceitáveis”, escreveu a parlamentar.
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