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Quinta-feira, 25 de abril de 2024

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BOLSONARISMO NOS QUARTEIS

Rosa Neide critica politização das PMs e diz que governo federal atua como se tivesse “guetos” em cada estado

Foto: Rogério Florentino / Olhar Direto

Rosa Neide critica politização das PMs e diz que governo federal atua como se tivesse “guetos” em cada estado
A deputada federal Rosa Neide (PT) criticou a politização e radicalização das Polícias Militares em diversos estados brasileiros. Ela aponta que a proliferação de manifestações de policiais militares da ativa e da reserva em apoio ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) é fomentada pelo próprio governo federal e uma afronta à Constituição Federal.


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“Último papel de um governo que não se preocupa com a democracia é a questão de politizar as nossas polícias. A polícia, assim como as Forças Armadas, tem um papel muito específico, que é garantir a segurança. Na medida em que o governo federal estimula, como se tivesse um gueto do Palácio do Planalto em cada estado, é péssimo para a democracia. Respeito muito a polícia, ela precisa de um salário digno e melhores condições de trabalho, mas politização é uma situação fora de cogitação num país democrático”, afirmou ao Olhar Direto.

As regras da Polícia Militar determinam que os policiais, embora possam ter preferências políticas pessoais, não podem se engajar em atos políticos, muito menos apoiar atos antidemocráticos, como tem sido visto nos últimos dias. O governador de São Paulo, João Dória (PSDB), afastou o chefe do Comando de Policiamento do Interior-7 da PM, coronel Alexsander Lacerda, após o militar criticar o Supremo Tribunal Federal (STF), insuflando a participação de “amigos” nas manifestações de 7 de Setembro, postura que tem se espalhado em ao menos seis estados.

A preocupação com os atos foi compartilhada na reunião de 25 governadores, nesta segunda-feira (23). No encontro, alguns gestores deixaram claro que não se trata de impedir a livre manifestação de expressão, direito garantido pela Constituição, mas pontuam que o que tem marcado a organização dos atos é o caráter de apoio a uma ruptura institucional, com até ameaças de invasão ao STF e Congresso Nacional.

Rosa Neide avalia que não há problemas da relação entre policiais e o presidente, desde que seja respeitosa. Comenta o caso visto na visita de Bolsonaro a Cuiabá no dia 19 de agosto, quando recebeu apoio de militares e almoçou na sede da Associação dos Sargentos, Subtenentes, Oficiais Administrativos e Especialistas Ativos e Inativos (Assoade-MT), na comunidade São Gonçalo Beira Rio, e posou para fotos e vídeos até mesmo com o comandante-geral da PM, Coronel Assis.

“O problema está no governo tentar fazer uma ação unificada no país, como se ele comandasse as forças estaduais. Isso é muito ruim. Espero que o presidente tenha ido a associação por ter amizade com algumas pessoas, o que é um trânsito normal. E que as polícias de Mato Grosso tenham discernimento de qual é o seu papel, a relação com o governador, que é o comandante das forças estaduais. E que respeitem o que a Constituição estabelece como princípio e parâmetro”, pontuou.
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