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Caso Deccor

Delegado afirma que não recebeu pedido para investigar Emanuel, mas confirma pressões políticas: "lutamos contra o sistema”

26 Ago 2021 - 09:45

Da Redação - Wesley Santiago/Do Local - Max Aguiar

Foto: Olhar Direto

Delegado afirma que não recebeu pedido para investigar Emanuel, mas confirma pressões políticas:
O delegado Lindomar Aparecido Tófoli, que presta depoimento na manhã desta quinta-feira (26), na Corregedoria da Polícia Civil, sobre suposto uso político da Delegacia Fazendária (Defaz), afirmou que nunca recebeu qualquer pedido para abrir uma investigação como objetivo de prejudicar politicamente o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB). Porém, confirmou que existe pressão política na instituição e que saiu enquanto apurava denúncias contra a atual gestão estadual e também depois de cumprir mandado contra irmão da deputada estadual Janaína Riva (MDB).


Leia mais:
Delegado é ouvido sobre suposto uso político da Deccor para investigar Emanuel
 
Lindomar é ouvido na Corregedoria como testemunha, no caso denunciado pelo prefeito da Capital. Ele chegou ao local nesta manhã munido de documentos que serão apresentados ao delegado Alcindo Rodrigues da Silva, responsável por comandar os trabalhos.
 
Lindomar disse que nunca recebeu pedido para que investigasse o prefeito Emanuel Pinheiro. “Não, neste ponto de ter que investigar o prefeito de Cuiabá, comigo não aconteceu. Se alguém falasse isso pra mim, entrava por um ouvido e saia por outro”.
 
Porém, Lindomar pontua que esta pressão política na Polícia Civil também ocorreu na época em que Silval Barbosa era governador. Ainda conforme o delegado, que é de classe especial, mas está atualmente lotado na 3ª Delegacia de Polícia em Várzea Grande, ele investigava a atual gestão quando foi retirado da Delegacia de Combate ao Crime Organizado (Deccor).
 
“Eu estava investigando, tenho o número do inquérito, mas não posso repassar porque está em segredo de justiça. Eu estava investigando o atual governo. Provavelmente, de alguma forma, isso chegou ao conhecimento dele [governo do estado]”, explicou o delegado.
 
Tófoli ainda lembra de outro episódio que causou, no mínimo, estranheza. “Teve um pouco antes da minha saída. Fiz aquela busca, para ir atrás do documento falsificado, que o irmão da deputada Janaína Riva [José Geraldo Riva Júnior] estava usando para trabalhar no Detran. Ela é aliada do governo. O mandado foi expedido pouco antes da minha saída. Ano passado, eu estava investigando o pessoal que era aliado do governo, e claro que pressionavam o governador. O meu perfil desagrada”.
 
Para o delegado, a pressão existe principalmente porque a Polícia Civil é vinculada ao Poder Executivo e depende financeiramente dele. “Existe pressão. Lutamos contra o sistema”.
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