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Delegado afirma que foi afastado da Deccor por incomodar pessoas poderosas econômica e politicamente

26 Ago 2021 - 14:25

Da Redação - Wesley Santiago/Do Local - Max Aguiar

Foto: Olhar Direto

Delegado afirma que foi afastado da Deccor por incomodar pessoas poderosas econômica e politicamente
O delegado Lindomar Aparecido Tófoli afirmou que os dois afastamentos que teve, sendo um na gestão do ex-governador Silval Barbosa e outro na atual, aconteceram porque ele incomodou pessoas com poder econômico e político. Ele pontua que, desta vez, resolveu colaborar por ter uma mentalidade mais madura e com a esperança de que as coisas mudem, para que a sociedade possa ver os seus impostos fazendo a diferença.


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“É do conhecimento de todos que já fui perseguido outra vez, quando estava no governo de SIlval Barbosa, por fazer o que era necessário. Estava incomodando pessoas do alto escalação, de poder econômico e político. Infelizmente, não temos autonomia financeira, administrativa, somos vinculados ao Poder Executivo”, explicou o delegado, que foi ouvido na Corregedoria da Polícia Civil nesta quinta-feira (26), sobre suposto uso político da Deccor.
 
“Da outra vez, estava começando a valer uma lei de que o ato de remoção de delegados deveria ser fundamentado. Naquela situação fiquei quieto, trabalhei na Delegacia de Entorpecentes um bom tempo. Não quis fazer uso desta lei. O tempo passou, as coisas foram acontecendo e, de novo, fui perseguido por trabalhar. Por não fazer diferenciação se é do governo ou oposição. Sou funcionário do estado e não de governo. É a população que paga meu salário, eles que eu tenho de defender”, completou.
 
O delegado ainda pontua que é preciso mudança e que se colocou à disposição para que ela comece desta forma. “Se a gente não toma uma atitude, vai continuar sendo a mesma coisa. A situação só melhora com luta. Estou fazendo a minha parte, por aquilo que acredito. Espero que, com esta minha atitude, possa servir de referência para outros servidores. Hoje, podemos ser minoria, mas se cada um fizer sua parte, passaremos a ser maioria”.
 
Tófoli ainda ressaltou que o delegado-geral da Polícia Civil, Mário Demerval, não atuou para tentar protegê-lo, dando a entender que ele cedeu às pressões políticas que vinham do Palácio Paiaguás.
 
Quando foi tirado da Deccor, o delegado recebeu a promessa de ser encaminhado para a Delegacia do Meio Ambiente (Dema). Porém, posteriormente, acabou sendo realocado na 3ª Delegacia de Polícia em Várzea Grande, mesmo sendo delegado de classe especial há 18 anos.
 
Lindomar é ouvido na Corregedoria como testemunha, no caso denunciado pelo prefeito da Capital. Ele chegou ao local nesta manhã munido de documentos que serão apresentados ao delegado Alcindo Rodrigues da Silva, responsável por comandar os trabalhos.
 
Lindomar disse que nunca recebeu pedido para que investigasse o prefeito Emanuel Pinheiro. “Não, neste ponto de ter que investigar o prefeito de Cuiabá, comigo não aconteceu. Se alguém falasse isso pra mim, entrava por um ouvido e saia por outro”.
 
Por fim, o delegado disse que houve uma tentativa de interferência na gestão de Pedro Taques, que acabou contornada. Apesar de negar-se a dar detalhes, ele pontuou que o episódio não envolveu o alto escalão, deixando claro que não houve qualquer participação do ex-governador.
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