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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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TESES ESTAPAFÚRDIAS

Paccola é convidado a sair do Cidadania após defender impeachment no STF e citar ameaça de regime socialista no país

Foto: Assessoria

Paccola é convidado a sair do Cidadania após defender impeachment no STF e citar ameaça de regime socialista no país
O vereador por Cuiabá T. Coronel Paccola foi convidado pelo presidente nacional do Cidadania, Roberto Freire, a deixar o partido. Tal convite foi feito por meio de carta aberta, publicada após o parlamentar postar vídeo em suas redes sociais defendendo o impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Em frente a uma pessoa mascarada segurando uma faixa “Fora STF”, também convocou seus seguidores a participarem das manifestações de 7 de setembro, organizado por conservadores defensores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).


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“Quero fazer convocação a todos para estarem em Brasília ou São Paulo e, aqueles que não puderem, em suas respectivas cidades para estarem nas ruas. O presidente protocolou o pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes, que vem sendo um ativista e defensor da implantação do socialismo no Brasil. Quem não luta pelo seu futuro, não tem direito de reclamar por nada”, afirmou, no vídeo gravado em Joinville, Santa Catarina, e postado no domingo (22).

E, não, as liberdades não estão ameaçadas pelo regime democrático, mas por palavras e ações do Presidente da República

Em respostas, Freire afirmou que causa espécie ver um correligionário sair em defesa de teses estapafúrdias e antidemocráticas em apoio ao presidente que “não tem feito outra coisa a não ser buscar uma ruptura institucional que lhe permita justamente cassar as liberdades constitucionais” que Paccola diz defender. Classificou a manifestação como patética.

Freire ainda rebate a tese de que a liberdade está sendo cerceada por membros do Supremo, que, de acordo com o ex-deputado federal, atua para garantir o cumprimento da Constituição Federal. Diz ainda que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), que rejeitou o pedido de impeachment de Moraes, não é socialista, mas de direita liberal.

“Isso é coisa séria, vereador. Vivemos um dos momentos mais dramáticos da nossa história. Não pensávamos ver tão cedo risco de um regime autoritário no horizonte. Com um cenário socialmente desolador: em meio a quase 600 mil vidas perdidas na pandemia, temos desemprego, inflação, fome, juros e dólar em alta”, afirmou.

Freire também refuta a afirmação da possibilidade de implantação de um regime socialista no país. “Não, não há ameaça socialista alguma no horizonte - ao contrário, quem está destruindo a credibilidade internacional e a economia brasileira, com ataques às instituições, é o próprio Jair Bolsonaro. O direito de propriedade não está sob risco. E, não, as liberdades não estão ameaçadas pelo regime democrático, mas por palavras e ações do Presidente da República, incentivando desconfiança em relação ao processo eleitoral, pilar da democracia, e desordem e indisciplina nos quartéis”.

Por fim, o político afirmou que o Cidadania é um partido que defende a democracia e as instituições republicanas. Rassaltou que a defesa de um governo e de um regime que contrariam os princípios da legenda é um sinal de que Paccola está no partido errado. “Está desde já convidado a buscar uma legenda mais adequada às suas convicções, que, esperamos, não terminem por matar o seu direito de expressá-las”.

O Olhar Direto entrou em contato com a assessoria de Paccola, mas o vereador disse que não irá se posicionar no momento.

 
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