O secretário de Estado de Saúde Gilberto Figueiredo afirmou que caso aconteça realmente o depoimento do secretário-chefe da Casa Civil Mauro Carvalho na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19 no Senado Federal, esta será uma grande oportunidade para o estado mostrar que fez tudo com transparência. Segundo Gilberto, não há nada o que temer.

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“Pro governo de Mato Grosso, para o secretário Mauro Carvalho, não há apreensão nenhuma sobre isso. Não compramos nada, o que existe de registro no contato feito com o Governo de Mato Grosso com a Casa Civil é: apresente comprovação que você oficialmente representa esse laboratório para vender vacina”, afirmou Gilberto.
O secretário afirmou que o estado recebeu diversas tentativas de vendas de doses de vacina, inclusive de profissionais da imprensa, mas nunca assinou nenhum contrato além do da expectativa de compra da Sputnik V.

“Quando nós estávamos na prospecção de poder fazer a aquisição, nós recebíamos propostas, telefonemas, de muita gente. Até profissional de imprensa ligava para mim e falava: tenho um amigo meu que tem não sei quantas mil doses, não sei de onde... quando a gente vai investigar, eram atravessadores que não tinham nada. Então o Governo do Estado de Mato Grosso sempre se pautou por segurança jurídica para fazer essas aquisições”, completou.

Gilberto explicou que no caso da Convaxin, um atravessador teria entrado em contato com o Governo e sido respondido por Mauro Carvalho, que pediu uma comprovação de que ele realmente representava o laboratório. Diante da falta de resposta, o diálogo foi encerrado.

“Não quero fazer julgamento, a CPI não está lá para avaliar o que estados fizeram, mas nesse caso específico, como há ramificações dessa corporação tentando enganar tanto um Ministério como outros, foi citado isso então provavelmente há um convite para que possa estar lá, mas o Governo de Mato Grosso até vai ser uma grande oportunidade para deixar claro que tudo que nós fizemos aqui no governo de Mato Grosso foi com transparência, está no Portal da Transparência e o estado de Mato Grosso é, com certeza, um dos estados que mais adquiriu, inclusive com recursos próprios, que importou muita coisa nas melhores condições, comparativamente com os outros estados”, finalizou o secretário.

Renan Calheiros, relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, que acontece no Senado Federal, em Brasília (DF), requereu que o secretário-chefe da Casa Civil, Mauro Carvalho, seja convocado a depor por conta as negociações com o representante da Davati, Luiz Paulo Dominguetti, para a compra da vacina Covaxin. O governo de Mato Grosso já afiançou anteriormente que não houve compra dos imunizantes, já que não foi dada sequência nas conversas.

Na sua justificativa, Renan Calheiros cita as investigações sobre o celular de Luiz Paulo Domingueti, voluntariamente entregue por ele CPI, onde foi possível encontrar intensa troca de e-mails e mensagens por aplicativos com  propostas envolvendo a empresa Davati, voltadas à contratação para aquisição da vacina Covaxin.