O vereador por Cuiabá T. Coronel Paccola afirmou ter sido surpreendido com o convite do presidente nacional do Cidadania, Roberto Freire, para que deixe o partido, após postar vídeo em defesa do impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O parlamentar garantiu que não pretende deixar a legenda e que irá conversar com os presidente regional, Marco Marrafon, e municipal, Diego Guimarães.

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“Fui surpreendido com essa notícia, ainda não fui notificado. Não tenho pretensão de sair do partido. A sigla constituiu a maior bancada e o presidente nacional não se movimentou para construir esse time. Meu compromisso é com o time, que fez votação expressiva em Cuiabá. Os presidentes da Estadual, Marco Marrafon, e o municipal, Diego Guimarães, sempre deixaram claro que o partido e o grupo seriam fortes por respeitar as pluralidades. Cada um pode defender sua ideologia”, disse, em áudio enviado à imprensa.

Nas eleições municipais de 2020, o Cidadania elegeu três vereadores. Além de Paccola e Diego, Rodrigo Arruda e Sá também conquistou uma vaga no Legislativo. Juntos, os três somaram 8.188 votos.

O convite para deixar sigla veio em carta aberta, após Paccola publicar vídeo gravado em Joinville, Santa Catarina, em frente a uma pessoa mascarada segurando uma faixa “Fora STF”. Além de defender o impeachment do ministro, o vereador também convocou seus seguidores a participarem das manifestações de 7 de setembro, organizado por conservadores defensores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). “Quero fazer convocação a todos para estarem em Brasília ou São Paulo e, aqueles que não puderem, em suas respectivas cidades para estarem nas ruas. O presidente protocolou o pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes, que vem sendo um ativista e defensor da implantação do socialismo no Brasil. Quem não luta pelo seu futuro, não tem direito de reclamar por nada”.

Em respostas, Freire afirmou que causa espécie ver um correligionário sair em defesa de teses estapafúrdias e antidemocráticas em apoio ao presidente que “não tem feito outra coisa a não ser buscar uma ruptura institucional que lhe permita justamente cassar as liberdades constitucionais” que Paccola diz defender. Classificou a manifestação como patética.