A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) proposta pelo deputado estadual Gilberto Cattani (PSL) para investigar o alto preço do gás de cozinha, que tinha alcançado as 16 assinaturas necessárias para ser aberta, foi barrada após alguns parlamentares retirarem seus nomes. Dentre eles, estão Romoaldo Junior (MDB) e Carlos Avallone (PSDB). Segundo a deputada estadual Janaina Riva (MDB), que não assinou desde o início, abrir esta CPI seria criar ‘falsas expectativas’ na população.

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“O que a gente tem conversado com os deputados é que a gente não quer mais uma CPI da Energisa, e isso praticamente todos os deputados têm essa compreensão. A gente está num ano pré-eleitoral, não adianta a gente ficar jogando para a plateia e dizer para as pessoas que a gente vai fazer uma CPI do gás e vai abaixar o preço do gás. Tem muita coisa por trás disso, a regulamentação sequer é estadual, como também da energia, então o que eu tenho dito aos colegas, a gente não pode mais criar falsa expetativa nas pessoas, a gente tem que ser claro, transparente”, defendeu Janaina nesta segunda-feira (30).

Cattani anunciou que já tinha as 16 assinaturas no último dia 20 de agosto. No entanto, mesmo depois disso o presidente da Casa de Leis, deputado estadual Max Russi (PSB), afirmou que ainda não tinha recebido o requerimento de CPI para dar andamento ao processo.

Para Janaina, há outras formas de ajudar a população em relação ao preço do gás. “Lógico que está um absurdo. Está caro? Está caro. Agora, que uma CPI vá mudar alguma coisa? Não vai. Então não vejo necessidade de mais uma CPI, mais gasto para a Assembleia, nós temos quatro CPIs em funcionamento aqui dentro da casa, quatro que tem assinaturas, três que estão funcionando, e o resultado das CPIs hoje, com exceção da CPI da sonegação fiscal, nenhuma tem tido resultado prático e direto à sociedade. Então essa questão de ficar a todo momento criando CPI, por isso que eu não assinei, falei, quero pensar mais e depois eu pensei e conversei com alguns colegas que retiraram a assinatura porque também entenderam que não teria benefício algum para a população”, disse.

Apesar de ser contra, a parlamentar afirmou que Cattani tem liberdade para levantar a bandeira dele. “Acho uma bandeira justa, e eu tenho dito para ele, acho que tem outras formas da gente ir mais a fundo nessa pauta, junto com a Sefaz, com as distribuidoras, tem como fazer isso de forma alternativa. Mas o Cattani é muito compreensivo, vejo que ele tem essa bandeira, mas ele também tem que entender a vontade da maioria. Ele entrou agora no parlamento, mas é um deputado muito respeitoso, está fazendo o trabalho dele, a parte dele, a gente faz a nossa também do jeito que a gente acha que é melhor”, finalizou.