O presidente do Partido Verde (PV) em Mato Grosso, vice-prefeito de Cuiabá José Roberto Stopa, afirmou que o retorno das ‘coligações partidárias’, aprovado na Câmara dos Deputados, é um retrocesso, e criticou o fato de a legislação eleitoral brasileira ser, em suas palavras, “oportunista”. A medida ainda não foi aprovada no Senado Federal.
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“Acho que a coligação é um retrocesso, não valoriza aqueles partidos que fazem política, é um retrocesso. Mas a legislação eleitoral sempre foi dessa forma, oportunista. Cada pleito eleitoral nós temos uma legislação diferente dependendo da cabeça dos congressistas. É um absurdo as mudanças de legislação eleitoral a cada eleição. Basicamente só no Brasil que isso acontece, só em país realmente onde falta amadurecimento político que isso acontece. Eu considero isso um absurdo, mas que define é o Congresso, é o Senado, e a gente tem que respeitar e estar pronto para as novas regras”, afirmou;
A Câmara dos Deputados aprovou o retorno das coligações nas eleições proporcionais nos dias 12 e 17 de agosto. O texto aprovado é um substitutivo da deputada Renata Abreu (PODE-SP) à Proposta de Emenda à Constituição 125/11. Com essa votação, foi rejeitado o ‘distritão’, que Stopa também se manifestou contra.
“Câmara às vezes age como grandes trapalhões, aprovam uma coisa de manhã e à noite já, por oportunismo, se aprova outra derrubando o que foi aprovado de manhã, como o caso do ‘distritão’, de manhã aprova o ‘distritão’ e à noite coligações. Então na verdade nós temos até o final de setembro para essas mudanças de legislação, temos que estar atentos a isso, mas acredito que muito pouco vai mudar”, afirmou.
“Na verdade, nós só tínhamos uma restrição que era com relação ao distritão, porque o distritão sem dúvida nenhuma, a eleição seria para ricos apenas, e para algumas pessoas folclóricas, acabaria com os partidos, acabaria com o processo político. Então o distritão é o que de pior existe para um país, para uma nação e para o processo político. Mas de mais estamos preparados com coligação, sem coligação, do jeito que vier”, finalizou o presidente do PV em Mato Grosso.