O vice-presidente da Comissão de Meio Ambiente, deputado estadual Alan Kardec (PDT), afirmou estar esperançoso em encontrar uma solução para a diminuição do nível das águas das baías de Chacororé e Siamariana, no Pantanal, após a visita do governador Mauro Mendes (DEM) na última sexta-feira (10). Segundo o parlamentar, com a presença do governador pode ser que as decisões sejam aceleradas.

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“Primeiro eu fiquei muito feliz de estar na presença do governador aqui, estamos desde o ano passado tratando dessa questão de Chacororé e Siamariana, já fizemos várias tentativas, inclusive de instituir uma área de preservação ambiental permanente aqui, sem sucesso na Assembleia Legislativa, mas a gente continua na luta. A grande diferença é que com a presença do governador faz com que ele tome a decisão mais rápido, ele tem feito isso, está falando isso, e estou esperançoso que ele possa dar agilidade nos serviços que já era para terem acontecido no começo do ano”, afirmou.
 
Mauro visitou o local após um acordo judicial com o juiz Rodrigo Curvo da Vara de Meio Ambiente. Kardec, no entanto, argumentou que há uma dificuldade em saber de quem é a responsabilidade sobre o local. Recentemente, a Assembleia Legislativa de Mato Grosso rejeitou uma proposta para transformar o local em área de preservação estadual.
 
“A omissão e a demora para que esse serviço fosse feito é que fez com que a baía chegasse a ficar deste tamanho. Mas aí a gente pega sobre a responsabilização, já que aqui não é uma área de preservação estadual, será que a responsabilidade é direta do Estado? Ou é da prefeitura? Ou é das propriedades privadas? Então talvez esse tema fez com que não aprovasse nossa lei de criação dessa área de preservação ambiental, porque teríamos que ter uma responsabilidade diária com um fiscal aqui, com atendimento mais próximo dessas duas reservas”, afirmou.
 
O pedetista defendeu que a responsabilização seja, inclusive, sobre empresas privadas, e criticou os projetos de construção de hidrelétricas em rios que correm para o Pantanal. “Tem vários estudos dos dois lados mas o impacto que uma hidrelétrica e uma barragem fazem no volume do rio é notada aqui no Pantanal. Haja vista a situação do volume da água do rio Cuiabá. As aberturas dos corixos, que são aquelas partes que o rio arromba o barranco e entra pra dentro da terra e chega até Chacororé, isso não vai acontecer se o volume de água não subir. Então talvez o serviço até não aconteça devidamente por conta do volume da água do rio. Eu não acredito que teremos facilidade em aprovação de instalação de hidrelétrica em nenhum dos rios que correm para o Pantanal”, argumentou o parlamentar.