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Sexta-feira, 19 de abril de 2024

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Custaram quase R$ 500 milhões

“Quem fez o que fez, vem aqui, pega o trem e leva embora”, diz secretário sobre composições do VLT

Foto: Rogério Florentino/Olhar Direto

“Quem fez o que fez, vem aqui, pega o trem e leva embora”, diz secretário sobre composições do VLT
O secretário de estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra), Marcelo de Oliveira, o Marcelo Padeiro, esbravejou ao ser questionado sobre as 40 composições do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), que seguem paradas no Centro de Manutenção, em Várzea Grande (região metropolitana de Cuiabá). Com o martelo batido para a implantação do Bus Rapid Transit (BRT), o gestor da Pasta assevera que o problema dos vagões não é do governo: “Quem fez o que fez, vem aqui, pega o trem e leva embora”.


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“Vagão do VLT não é problema meu. Você vai construir uma casa, começa por onde? Projeto. Depois, você compra primeiro o que? A decoração do quarto do seu filho ou vai comprar primeiro o tijolo?”, questionou o secretário.
 
Conforme o secretário, o contrato da compra dos vagões do VLT foi considerado ilegal e nulo pela Justiça.
 
“Quem fez o que fez, vem aqui, pega o trem e leva embora. O contrato é nulo. O governo ganhou em todas as instâncias. Este trem não foi entregue. O sistema era para ser entregue rodando. O troço nem começou. Não teve comissionamento. Como que vai receber algo, do qual você... era a última coisa para ser entregue. Talvez, tivesse adquirido um comboio para teste”.

O governador Mauro Mendes (DEM) também já falou sobre o assunto e foi categórico ao afirmar que, um dia, este montante gasto com os vagões irá voltar aos cofres públicos.
 
Padeiro lembra ainda do estudo feito posteriormente, que aponta que não havia necessidade desta quantidade de trens para o VLT de Cuiabá/Várzea Grande.
 
Tal fato constava também na consultoria realizada pela KPMG, durante a gestão do ex-governador Pedro Taques. No total, oito composições teriam sido compradas a mais. Isso significa dizer que ao todo, foram adquiridos 56 vagões (módulos) além do necessário. O prejuízo, conforme o estudo, seria de algo em torno de R$ 120 milhões.
 
Ao todo, foram compradas 40 composições do VLT, totalizando 280 vagões (módulos). Porém, ficou comprovado no estudo da empresa paulista que são necessários apenas 32 composições (203 vagões), sendo que três destas (21 vagões) seriam de reserva. No total, foram gastos 497.990.000,00 para a aquisição de todos os carros.
 
Chegada
 
As primeiras composições do VLT começaram a chegar a Cuiabá em novembro de 2013. Na ocasião, o ex-governador Silval Barbosa (PMDB), fez inclusive um ‘desfile’ de carro aberto para mostrar à população os novos trens. As últimas, das 40 composições, chegaram à capital mato-grossense em junho de 2014, pouco antes do início da Copa do Mundo.
 
BRT
 
Este modelo de transporte foi escolhido pelo governador Mauro Mendes (DEM) no lugar do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT), que foi prometido pelo ex-governador Silval Barbosa (MDB) e deveria ter sido entregue ainda antes da Copa do Mundo de 2014.
 
Em maio de 2021 a Comissão de Infraestrutura e Transporte da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) rejeitou o Projeto de Lei 010/2020, que previa a realização de um plebiscito para a escolha entre o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) e o Bus Rapid Transit (BRT) como modal de transporte coletivo em Cuiabá e Várzea Grande.
 
Os parlamentares afirmaram que o tema já foi bastante discutido pela Casa de Leis e que os deputados já aprovaram a troca do modal para BRT, que foi baseada em estudos técnicos.
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