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Sexta-feira, 19 de abril de 2024

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briga em condomínio

Paccola apoiou militar que agrediu adolescente com dois socos e disse que ex-secretário 'nasceu de novo'

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Paccola apoiou militar que agrediu adolescente com dois socos e disse que ex-secretário 'nasceu de novo'
O vereador Paccola (Cidadania) publicou comentário em rede social apoiando ato do tenente-coronel da Polícia Militar, Sávio Pellegrini Monteiro, 38 anos, que agrediu um adolescente de 17 anos com dois socos no rosto nos corredores de um condomínio de luxo, em Cuiabá. O parlamentar chegou a dizer que o pai da vítima "nasceu de novo". 


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“Imagine a índole do tal coitadinho agredido, tendo que morar com o avô porque a referência de pai é um cidadão condenado a mais de 3 anos de prisão por desvio de R$ 3,3, milhões do MT Saúde. O tenente coronel Pallegrini é um dos oficiais mais fodas que a PMMT tem em seus quadros. O pai do moleque nasceu de novo ao invadir o apartamento. Cada um que pague pelos seus erros, e que a mídia seja menos tendenciosa para relatar os fatos reais, o pai invadiu o apartamento e na delegacia ainda desferiu socos no tenente coronel Pelegrini, na frente dos policiais que testemunharam no registro do ocorrido. Entre um ladrão de dinheiro público e um cancelador de CPFs do mal, não tenho dúvida de que lado eu ficarei!!!”.
 
Nesta sexta-feira (24), ao Olhar Direto, Paccola confirmou a autoria da mensagem, mas disse que a postagem ocorreu “no calor dos fatos”. Texto “foi 90% emoção e 10% razão”, salientou, tentando justificar o ocorrido.
 
A agressão aconteceu no prédio do avô do adolescente. A vítima é filho do ex-presidente do Mato Grosso Saúde (MT-Saúde), Yuri Alexey Vieira Bastos Jorge, que também foi secretário de Estado. 
 
De acordo com boletim de ocorrência, o adolescente foi recepcionar um colega quando passou pelo hall do prédio e esbarrau no militar, que carregava uma cadeira nas costas. Sávio Pellegrini então, conforme BO, questionou se ele não teria o visto. O adolescente respondeu que não.
 
Em seguida, imagens mostram o policial voltando em direção ao adolescente, após deixar a cadeira no chão, e atingindo-o com o primeiro soco. Depois, com os menores já do lado de fora, o PM retorna e desfere mais um soco contra a vítima.
 
Na ocasião, a mãe do colega do garoto, que é procuradora do Estado, tentou intervir na situação e pediu que Sávio fosse embora para seu apartamento.

No registro da ocorrência, o militar alegou que o pai do adolescente teria ido até seu apartamento. No entanto, as imagens das câmeras de segurança mostram que ele foi acompanhado da Polícia Militar que havia chegado ao prédio.
 
Ambas as partes foram encaminhadas para a Central de Flagrantes e no local, o pai do adolescente teria, supostamente, dado um soco no rosto do policial.


 
Pacolla 

Após a postagem em rede social apoiando o ato, Paccola chegou a dizer publicamente que tem falado todos os dias com o amigo militar. Sávio Pellegrini Monteiro estaria “demonstrado arrependimento”.
 
“Desde o dia do ocorrido [ele fala em arrependimento], quando estava na delegacia ainda, já reconheceu que estava errado quanto a agressão, por ter perdido a cabeça”, pontuou Paccola.
 
Paccola foi instrutor de Pellegrini no Curso de Formação de Oficias (CFP) e no Batalhão de Operações Especiais (Bope). Eles também são sócios de empresas que compõem o grupo Força e Honra
 
Prisão

Marcos Eduardo Ticianel Paccola já foi preso após requerimento do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público Estadual (MPE). PM foi um dos policiais militares investigados na Operação Coverage, terceira fase da Operação Mercenários. Ele é réu na Justiça.
 
Paccola e outros quatro oficiais da Polícia Militar foram denunciados pelo MPE pelos crimes de organização criminosa, embaraço de investigação em três inquéritos, falsidade ideológica, fraude processual e inserção de dados falsos em sistema de informações
 
Consta na denúncia, que os oficiais militares utilizaram-se de seus cargos e funções de relevância para fomentar esquema criminoso voltado à adulteração de registros de armas de fogo, mediante falsificação documental e inserção de dados falsos em sistema informatizado da Superintendência de Apoio Logístico e Patrimônio da Polícia Militar.
 
Uma das armas de fogo que teve o registro adulterado, adquirida por um dos denunciados, segundo o Ministério Público, teve como objetivo ocultar a autoria de sete crimes de homicídios, sendo quatro tentados e três consumados, ocorridos entre os anos de 2015 e 2016.
 
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