O prefeito de Rondonópolis (222 km de Cuiabá), Zé Carlos do Pátio, demonstrou mágoa com a sua retirada do comando do Solidariedade (SD), em fevereiro deste ano. O gestor ficou na presidência regional da sigla por seis anos e foi substituído pelo deputado federal Dr. Leonardo.

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A troca de comando foi referendada pela direção nacional da legenda, levando em consideração que o diretório mato-grossense é comissão provisória. Pátio, sem qualquer aviso prévio, foi colocado no cargo de vice, que era ocupado pelo parlamentar.

“Na política, o que aprendi, é que não tem documento. Não passa documento de nada, é tudo na palavra. Eu senti extremamente estranho a minha retirada da presidência sem uma consulta. Me senti entristecido, pois ajudei a formar o partido. Temos mais de 80 vereadores, oito prefeitos, quatro vices, uma estrutura muito boa, e me senti atropelado e constrangido. Sem ser consultado pela nacional”, afirmou.

“Bastava falar que eu estou na prefeitura e não tenho como correr o estado. O deputado Dr. Leonardo era o vice. Não precisava nada disso. Eu entrei no Solidariedade, pois é um partido sindicalista, de trabalhadores. Acho que o SD foi o grande responsável pela eleição dele (Dr. Leonardo), eu não merecia isso”, completou.

Apesar do descontentamento, Pátio ainda não bate o martelo quanto sua saída do partido. Diz que ainda vai conversar com sua base e, só depois de tomada a decisão, irá procurar uma nova sigla.

“Eu tenho 40 anos de vida pública e dez mandatos, porque uma das coisas mais importantes é a lealdade, sempre fui leal onde pisei. Estou em silencio, discutir com a companheirada e vou me posicionar. Vou caminhar para um projeto que tem ligação com o meu perfil”, pontuou.