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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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Cuidadora de idosos atacada por rotwailers lembra que foi 'arrastada igual uma boneca', mas diz que quer voltar ao trabalho

Foto: Rogério Florentino / Olhar Direto

Cuidadora de idosos atacada por rotwailers lembra que foi 'arrastada igual uma boneca', mas diz que quer voltar ao trabalho
A cuidadora de idosos Domingas Rodrigues Medeiros, de 53 anos, atacada por cães da raça rottweiller, no bairro Cidade Alta, em Cuiabá, contou ao Olhar Direto os detalhes do episódio registrado na última segunda-feira (18). Ela lembra que foi arrastada “igual uma boneca” pelos cachorros, mas afirma que mesmo assim quer voltar ao seu emprego na residência da idosa de 93 anos, assim que se recuperar. 


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“Nesse dia eu limpei o canil, coloquei a água e eles derrubaram. Virei as costas para colocar comida, e eles me atacaram. Cai no chão, consegui sair do canil, abri a cancela e sai achando que eles não viriam atrás de mim. Encostei na pia, da pia eles me arrastaram para lá, para cá, eu estava igual uma boneca.  Eu sempre batia com as mãos para eles não virem no meu pescoço, no meu rosto. O povo começou a ver e chamou os policias”, descreveu Domingas.

A cuidadora de idosos disse que lutou com os cães para não morrer, porém não conseguiu pelo tamanho dos animais. A esperança surgiu quando ela viu o sargento Reiners, que adentrou o imóvel e cessou os ataques com os tiros.

“Eu estava querendo me entregar, já estava cansada de lutar com eles, são grandes, gordos e fortes. Eu estava querendo desistir e quando vi o policial, meu olho estava coberto de sangue, mas pensei que ele iria me salvar. Eu vi que ele deu um tiro no cachorro e o outro saiu de perto”, acrescentou.

Um dos cachorros teve que ser morto. Já o outro saiu de perto da cuidadora ao ouvir os disparos. Depois disso, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) esteve no local e encaminhou Domingas para o Hospital Municipal de Cuiabá (HMC).

“Eu tive um alívio quando cheguei no Pronto Socorro. Pensei: ‘estou vida mesmo, Deus?’”, lembrou a cuidadora de idosos. “Tenho um propósito com Deus e ele não ia me tirar assim. Eu fui na igreja hoje cedinho agradecer a Deus por estar com minhas pernas, não estou na cadeira de rodas, graças a Deus”.

No HMC, Domingas passou por uma cirurgia plástica para reconstrução do couro cabeludo e orelha. Na última sexta-feira (22), ela teve alta médica e agora se recupera em sua residência.

Reencontro com PM’s



Quatro policiais militares atuaram na ocorrência. São eles: Sargento Luiz César Reiners, os cabos Hudson Edward Pinheiro e Wdsmaique de Souza, e o soldado Jair Mendes Ferreira. Nesta segunda-feira (25), eles foram até a casa da trabalhadora para um reencontro. 
 
O sargento Reiners lembrou que tinha acabado de chegar no 10º Batalhão com o cabo Usmaique, quando viu uma pessoa pedindo ajuda. “Peguei a viatura e fui em direção. Ela disse que na casa uma senhora estava sendo atacada por dois cães. Fomos direto para lá, tinha várias pessoas jogando objetos nos cães, tentamos abrir o portão e não conseguimos. Subi o muro e de lá visualizei os dois cães em cima da dona Domingas”, afirmou.

“Efetuei alguns disparos na parede para que os cachorros parassem o ataque. Um deles saiu, foi para o lado da dona da casa e ficou quieto. O outro permaneceu mordendo dela. Com precaução de não acertar a dona Domingas e com a única ferramenta que tínhamos naquele momento, que era uma arma de fogo, eu efetuei disparos no cachorro. Nessa hora o cabo Hudson subiu no muro também e o cão mesmo ferido, veio em nossa direção. Tivemos que efetuar mais disparos porque ele estava retornando para atacar dona Domingas”, lembrou o sargento Reiners.

O sargento disse ainda que é a primeira vez que atua em uma ocorrência deste tipo. “Os cães são bem fortes, da raça rottweiler e estavam bem agressivos. Nas imagens é possível ver que eles arrastavam a dona Domingas, ela é bem pequena, eles chegaram a tirar a roupa dela”.

O soldado Jair Mendes chegou a realizar uma visita no HMC, enquanto a cuidadora estava internada. “Foi decisão do nosso grupo de policiais que esteve junto com ela em um momento de dificuldade. Eu estava de folga e os outros companheiros de serviço, então eu fui vê-la e marcamos de encontrar ela em casa também e ver como ela estava", disse. 

“É uma missão árdua para o policial militar, diariamente a gente passa por missões diferentes e nessas que a gente não pensa duas vezes em querer ajudar o próximo”, comentou sobre o trabalho em equipe.

O comandante do 10º Batalhão da PM, tenente-coronel Dias, agradeceu o empenho dos agentes. “Eu sei que vocês têm o dia a dia e preocupações de pai de família, mas vocês demonstraram e refletiram o sentimento que a Polícia tem com a sociedade. Não existe tipos de missões, todas são quando o bem maior é salvar e proteger a sociedade. Vocês representaram muito bem a Instituição nessa ocorrência”, finalizou.
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