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Quarta-feira, 24 de abril de 2024

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cem dias desaparecida

Mãe de menina levada pelo pai acredita que ex-marido utiliza influência como advogado para dificultar processo na justiça

Foto: Rogério Florentino / Olhar Direto

Mãe de menina levada pelo pai acredita que ex-marido utiliza influência como advogado para dificultar processo na justiça
A enfermeira Marina Pedroso Ardevino, mãe da menina de 8 anos que está há cem dias com o pai, afirmou na manhã desta terça-feira (26) que acredita que o ex-marido possa estar utilizando sua influência como advogado para dificultar o processo para que a garota volte para Cuiabá. Marina deu entrevista coletiva na manhã desta terça-feira (26) no Hotel Intercity, em Cuiabá. 


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A criança foi entregue ao pai, o advogado João Vitor Almeida Praeiro Alves, no último dia 18 de julho, com quem a enfermeira tem guarda compartilhada. No entanto, ela não foi devolvida e está desaparecida há cem dias. João é advogado inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil - Seccional Mato Grosso (OAB-MT) e com registro suplementar em São Paulo. 

“O juiz simplesmente sentou no meu processo e não faz absolutamente nada Eu tô aqui pedindo socorro pelo amor de Deus que alguém faça alguma coisa por mim e pela minha família. Vocês não tem noção da dor que é pra uma mãe estar passando por tudo isso”, indagou Marina.

Segundo a mãe, a família tem percebido lentidão no andamento do processo tanto em Cuiabá quanto em São Paulo. Ela questiona o fato de, até agora, não ter havido um pedido de, pelo menos, apresentação da menina em uma unidade policial, para atestar que ela esteja bem. 

“Foi aberto inquérito em Bauru, foi feita oitiva, foi ouvido o João Vitor, foi ouvida a Lilian [avó] e em momento algum a delegada pediu para ver a minha filha, em momento algum a delegada falou ‘onde está a I.P.P.A., traz ela aqui, eu quero ver como ela tá’. E se fosse a filha dessa delegada, e se fosse a filha deste juiz que não faz nada com esse processo? É revoltante tudo isso que eu to passando", lamentou.

Marina ainda contou que João praticava abuso psicológico contra ela quando a filha do casal era recém-nascida, utilizando o fato de ser filho do defensor público estadual de Mato Grosso Air Praeiro como ameaça de que nada que ela fizesse teria efeito contra ele. 

“A intenção dele, do pai, da dona Lilian e do Air [avô] sempre foi tirar a minha filha de mim. Eu sofro com isso desde que minha filha era recém-nascida. Eu precisei entrar com medida protetiva porque eu sofria violência psicológica. Ele enfiava o dedo na minha cara e falava ‘se alguém pegar a minha filha no colo, você vai ver, eu vou fazer o maior barraco. Nada vai acontecer comigo porque eu sou filho de defensor público”, relatou. 

A enfermeira também compartilhou a angústia que têm sido os mais de três meses sem notícias da filha e, além disso, contou como o irmão caçula da menina sofre com a falta dela. Por decisão da mãe, ele ainda não sabe que I.P.P.A. está desaparecida, e tem informação apenas de que está com o pai. 

“Hoje está fazendo cem dias que eu estou atrás de notícias da minha filha. Cem dias que o meu filho pede pela irmã todos os dias. Cem dias que eu não escuto a voz da minha filha. O que estão fazendo comigo é desumano. A minha filha não está com o pai, a minha filha não está com a avó paterna, minha filha está com quem?”, disse Marina. 

Sobre as declarações que o advogado teria dado de que I.P.P.A. sofria abusos na guarda com a mãe, Marina disse que é mentira. Segundo a enfermeira, o pai passou a fazer tais declarações logo após ela ter solicitado a medida protetiva contra ele. “Eu quero deixar bem claro aqui que a minha filha nunca foi abusada. Nunca foi abusada física e muito menos sexualmente como o pai dela vem falando. Ele entrou com processo em 2016 por maus tratos porque eu precisei entrar com medida protetiva contra ele antes. Que pai em sã consciência ia procurar a mãe, que fala que praticava suposto maus tratos com a filha, pra querer entrar num acordo?", questionou. 

 Audiência presencial

A justiça designou para o dia oito de novembro audiência com a menor I. P. P. A. O advogado João Vítor Almeida Alves Praeiro é acusado de não ter devolvido a filha de oito anos para a mãe, a enfermeira Marina Pedroso Ardevino. O cumprimento da audiência depende do comparecimento da menor.

Informação foi divulgada pela advogada Ana Lucia Ricarte, que está auxiliando a mãe na discussão judicial. Manifestação, por meio de carreata, realizada no último dia 14, pediu a imediata devolução da criança. A mãe, Marina, disse neste terça-feira (26) que não tem nenhuma notícia ou garantia de que João cumprirá a determinação. 
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