O prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) afirmou que, caso seja aprovado em segunda votação o projeto de lei que cria o “Dia do Orgulho Heterossexual”, de autoria do vereador Tenente Coronel Paccola (Cidadania), ele vetará em menos de 24 horas. Para Emanuel, o projeto é inoportuno e, além disso de “violência em todos os aspectos”.
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“Lógico, veto. Minha esperança é que os vereadores em segunda votação arquivem esse absurdo, essa violência contra os direitos humanos, contra os direitos individuais e contra a dignidade da pessoa humana. Uma violência em todos os aspectos, um projeto despropositado, inoportuno e que não tem nem sentido. Ele carece de todo e qualquer tipo de sentido”, afirmou o prefeito na noite da última quinta-feira (30), durante entrega da nova Vila Cuiabana.
Os vereadores da Câmara de Cuiabá aprovaram o projeto em primeira votação, na sessão do último dia 21 de dezembro. Foram 15 votos a favor, 8 ausências e somente um contra, da petista Edna Sampaio. Em sua fala, Edna questionou: “Qual é o orgulho de ser hétero numa sociedade em que as pessoas são mortas pelo fato de não serem hétero?”.
O projeto é de autoria do vereador Tenente Coronel Paccola (Cidadania). Ele fez uma fala rápida, afirmando que o projeto “visa exclusivamente atender a um anseio de uma pauta que eu defendo que são os valores conservadores, valores de manutenção do modelo tradicional de família e que nós temos a convicção que este parlamento vai dar prosseguimento na aprovação”.
Após a aprovação, o projeto ganhou a mídia, inclusive nacional. Foi tema de postagens do “Mídia Ninja” e também da apresentadora Márcia Goldschmit. Emanuel, na quinta-feira (30), reiterou que os vereadores têm autonomia em seus projetos, mas disse que não irá titubear em vetar esta lei.
“Acho que precisa haver uma reflexão melhor nesse projeto, apesar de que o vereador tem liberdade, o direito de expressão, só que existem projetos que não condizem com aquilo que a sociedade pensa e a sociedade moderna pensa, especialmente o respeito aos direitos humanos, então evidentemente, chegou na minha mesa eu não espero nem 24h, veto incontinente esse projeto de lei”, afirmou.
