O presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios, Pedro Ferreira, disse, hoje, em Brasília, que agora os prefeitos voltam para seus estados com a missão de mobilizar suas bancadas federais para aprovar as reivindicações municipalistas, com relação às dívidas dos municípios com a Previdência Cerca de 500 pessoas, entre prefeitos e lideranças municipalistas, se reuniram na capital federal, com o objetivo de propor meios para negociar o endividamento dos municípios brasileiros junto ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Uma comitiva de cerca de 20 prefeitos mato-grossenses participaram da mobilização.

Segundo o presidente da AMM, é necessário focar as ações em dois pontos fundamentais: aprovar o prazo de seis meses sem cobrança de INSS, com intuito de dar um fôlego para que as prefeituras possam fazer um encontro de contas. E desbloquear as contas das prefeituras que estão inadimplentes no Siaf – Sistema Integrado de Administração Financeira. ”Não adianta facilitar de um lado e tirar de outro, vai ser difícil avançar sem o desbloqueio”, garante Pedro Ferreira.

Já o presidente da Confederação Nacional dos Municípios, Paulo Ziulkoski, apresentou um estudo que mostra uma dívida de aproximadamente R$ 25,4 bilhões do INSS com os municípios. Esse montante, de acordo com o levantamento, está dividido em quesitos como: agentes políticos (R$ 4,5 bilhões), compensação previdenciária (R$ 4,5 bilhões), súmula vinculante (R$ 13,9 bilhões) e multas com juros (R$ 1 bilhão).

Outros temas debatidos foram a reforma tributária, precatórios, Emenda Constitucional 29, piso salarial do magistério, Fundeb, transporte escolar e merenda escolar. O evento conta com a presença de prefeitos, vereadores, secretários municipais e parlamentares.