O secretário de estado de Saúde, Gilberto Figueiredo, disse na manhã desta sexta-feira (11) que, até a semana que vem, deve anunciar uma nova resolução para o início da aplicação da quarta dose da vacina contra a Covid-19 em pessoas que não sejam as imunosuprimidas. Atualmente, o estado tem 600 mil unidades de imunizantes em estoque e já tem tido dificuldade de guardá-las.

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“Vamos convocar uma reunião do Comitê de Operações Emergenciais (COE) que é o responsável pela tomada de decisão e depois será emitida uma resolução em Mato Grosso, disponibilizando a quarta dose. Provável que seja divulgada uma nova resolução da Comissão Intergestores Bipartite (CIB) na semana que vem”, pontuou o secretário.
 
Ainda conforme o gestor, existe um estoque substancial de vacinas em Mato Grosso, sendo que já existe dificuldade para estocá-las. “Temos vacina para toda a população adulta e de crianças. A da Pfizer requer condições especiais de armazenamento, precisam ficar a -80ºC. São 600 mil unidades de imunizantes guardadas, por isso vamos dar vasão, ampliando a possibilidade de reforço”.
 
Uma análise está sendo feita e, conforme o secretário, muito provavelmente será definida uma escala de prioridade para o início da aplicação da quarta dose. O protocolo atual, segundo ele, continua pedindo um intervalo de quatro meses entre as aplicações.
 
“É importante convocar a população que acreditou nas duas doses da vacina, mas não completou o esquema vacinal, com doses de reforço. Ela foi criada porque é importante. Não dá para acreditar que, porque tomou duas doses, estão seguros. Voltem para tomar as doses de reforço. A maioria dos pacientes com a forma grave e que estão indo a óbito, são da faixa etária acima dos 60 anos e a maioria esmagadora não está com o esquema vacinal completa”, pontuou.
 
Por fim, o secretário ainda dispara contra os que continuam a negar a ciência. “Vamos tomar uma decisão segura, para disponibilizar dose para quem quer viver. Quem não dá importância para a vacina, também não dá para a vida”.

Quarta dose em imunosuprimidos

O Ministério da Saúde emitiu uma nota técnica no dia 20 de dezembro autorizando a aplicação da 4ª dose para este grupo. A preferência é que seja aplicado o imunizante da Pfizer, mas também pode ser aplicado o da Astrazeneca e o da Janssen.

O Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19 (PNO) considera como imunossuprimidos pessoas com imunodeficiência primária grave, em quimioterapia para câncer ou transplantados (de órgão sólido ou de células tronco), que fazem uso de drogas imunossupressoras, além de pessoas vivendo com HIV/Aids. 

O secretário Gilberto Figueiredo, que possui uma doença autoimune, revelou na mesma entrevista que logo tomará a sua quarta dose. Outra que deverá receber o novo reforço é a primeira-dama Virgínia Mendes. Por conta de um transplante de rim, ela precisa tomar remédios ‘imunossupressores’, que a deixam mais vulnerável à doença.