A taxa de juros do empréstimo de U$ 40 milhões para o programa Pró-gestão será discutida diretamente com o Banco Mundial. Foi o que informou Cléber Geraldino, secretário-adjunto de Transformação Digital da Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz-MT), após reunião com os deputados, na Assembleia Legislativa,
nesta quarta-feira (18).
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O projeto de lei (431/2022) que autoriza o Poder Executivo a contratar tal empréstimo foi aprovado em segunda votação, na sessão de hoje. Apenas cinco deputados votaram contra.
Por se tratar de uma dívida dolarizada, o Governo estadual corre risco. Em 2012, o governador Silval Barbosa fez um empréstimo de quase meio bilhão de dólares com o Bank Of America que aumentou a dívida externa do Estado e obrigou o atual governo a vender a dívida para o Banco Mundial.
“Nós vamos sentar na mesa de negociação junto com a Secretaria de Tesouro Nacional (STN) e junto com o Banco Mundial para discutir essas questões mais específicas”, afirmou Geraldino. “Se vier travado eu não tenho poder de negociação futuramente com o banco”, completou o secretário-adjunto.
Apesar da preocupação com o câmbio, Geraldino disse que o projeto não vai ser aprovado com trava cambial, instrumento que impede aumento da dívida em razão da flutuação do dólar.
Membros do governo que visitaram a Assembleia também não informaram qual será a taxa de juros negociada. A expectativa, segundo informaram, também é de que o juros será discutido diretamente com o Banco Mundial.
Geraldino também afirmou que para o governo é mais vantajoso contrair o empréstimo do que utilizar recursos próprios para realizar as modernizações previstas no programa “Pró-gestão”.
“Tecnicamente para gente é muito mais vantajoso adquirir uma consultoria, um software e com apoio do Banco Mundial do que simplesmente comprar uma solução de mercado, o banco vai trazer toda expertise que tem”, afirmou.