Mesmo depois de o presidente Jair Bolsonaro (PL) ter afirmado que iria “tocar o barco” junto ao governador Mauro Mendes (UNIÃO) quando perguntado sobre uma possível aliança entre os dois para as eleições deste ano, o deputado estadual Delegado Claudinei (PL) não perdeu a esperança de que haja um nome mais à direita, apoiado pelo presidente, disputando o Palácio Paiaguás. Uma de suas apostas é o ex-deputado federal Victório Galli (PTB).

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“O Vitório Galli, além de ter essa linha Bolsonarista, ele é amigo. A gente vê que ele tem uma proximidade, acho que é até amigo pessoal do presidente Bolsonaro. Eu não sei como é que está nessa negociação, a gente tem que conversar ainda com o PL, com o senador Wellington que é o líder aqui do PL em Mato Grosso,e para ver como é que está essa negociação, se o PL vai estar apoiando a reeleição do atual governador ou não, e a gente discutir”, afirmou o parlamentar na última quarta-feira (15).

Segundo Claudinei, ele vê “com bons olhos” a possível candidatura de Galli, mas também poderia ser outra pessoa representando a “direita” em Mato Grosso. Tudo isso, segundo ele, ainda precisa ser discutido com a cúpula do partido tanto no âmbito estadual, quanto o âmbito federal.

Além da entrevista de Bolsonaro, em sua última vinda a Mato Grosso ele passou o dia todo ao lado de Mauro. O pré-candidato ao Senado pelo PL, senador Wellington Fagundes, aposta nesta aliança porque também busca apoio de Mauro em sua candidatura – o que ainda não foi fechado.

A questão é que alguns bolsonaristas do estado não aprovam a gestão Mauro, e Claudinei é um deles, que já disse, inclusive, que não vai subir no palanque do governador nem que seu partido peça. Sua esperança é que o PL, liderado nacionalmente por Valdemar da Costa Neto, aposte também em outra candidatura.

“Eu acho que ele [Bolsonaro], nessa entrevista que ele deu numa rádio aqui em Cuiabá falando ‘vamos tocar o barco’, isso pode ter vários entendimentos. Para mim mesmo, tocar o barco é tentar fazer uma parceria Governo do Estado, Governo Federal, para o bem da população. Para mim pode ser isso. Em nenhum momento ele falou que apoia a reeleição do Mauro Mendes”, acredita Claudinei.

No último sábado (11), o presidente do PTB Victório Galli afirmou que a sigla segue em busca de um nome que represente o “bolsonarismo raiz” ao Governo do Estado, e colocou o próprio nome à disposição, mas disse que o objetivo principal é formar em consenso em torno de alguma candidatura que faça oposição ao atual governador Mauro Mendes (UNIÃO).

O PTB, segundo Galli, tem o objetivo de eleger Antônio Galvan ao Senado. No entanto, nem isso é consenso, visto que o pastor da Assembleia de Deus Marcos Ritela afirmou, via nota, que continua “firme” no projeto ao Senado, e é também filiado ao PTB. O pastor se diz ““representante do povo de Deus”.