Líder do Governo na Assembleia Legislativa, o deputado Dilmar Dal Bosco (União) refutou as acusações de que o Paiaguás privilegia membros da base de apoio no pagamento das emendas impositivas. A reclamação foi feita pelo oposicionista Delegado Claudinei (PL), que conseguiu aprovar requerimento para que a Casa Civil preste esclarecimentos sobre empenho e pagamento de tais indicações em 2022.

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De acordo com Dilmar, os pagamentos não levam em consideração quem vota ou não a favor dos projetos do Executivo.

“Toda vez que vou na Casa Civil e converso com o governo, peço para liberar as emendas dos parlamentares, nunca apontei: ‘esse vota’, ‘esse não vota’, esse é oposição’. É um direito de todo mundo. Quando trazem as demandas pra mim, seja qualquer deputado, eu vou na Casa Civil ou qualquer outra secretaria. São 24 deputados que têm direito”, declarou.


Diante da reclamação de Claudinei, que o Governo se comprometeu a empenhar todas as emendas de 2022 até fim de junho, Dilmar garantiu que irá reforçar a conversa com a Casa Civil.

“Vou conversar na Casa Civil, mas sempre tenho feito isso. Nos orçamentos aprovados é quase unanimidade a aprovação de quase todas as emendas. Ninguém sabe o dia de amanhã, quem vai estar na situação ou oposição, por isso está garantido na Constituição. É independente do posicionamento de voto”, declarou.

Durante fala na sessão desta quarta-feira (06), Claudinei apresentou um suposto ranking de pagamentos, acusando suposto favorecimento do Paiaguás a deputados da base.

Conforme a lista, que fala em emendas empenhadas, Paulo Araújo (PP) é o deputado com maior valor, total de R$ 7,815 milhões. O último é o oposicionista Ulysses Moraes (PTB), que teve apenas R$ 150 mil. Claudinei ocupa apenas a 22ª colocação, com R$ 370 mil.

Sobre a sua posição no comparativo, Ulysses disparou que o boicote a deputados de oposição é algo comum, apesar de inconstitucional.