O vereador tenente coronel Paccola (Republicanos) afirmou na tribuna da Câmara de Vereadores nesta quinta-feira (7) que há “interesses” de alguns grupos que ele seja afastado do cargo, e que em breve as pessoas saberão. Ele também pediu desculpas por ter chamado a sociedade de hipócrita em fala na terça-feira (5), e disse que é apenas “uma parcela”.
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Paccola atirou e matou o agente socioeducativo Alexandre Miyagawa na última sexta-feira (1) no bairro Duque de Caxias, em Cuiabá. Ele afirmou que Alexandre estava com arma em punho ameaçando a própria namorada. A mulher, no entanto, diz que não houve nenhuma ameaça e que Paccola “chegou atirando”.
Em seu discurso na tribuna, afirmou que precisa agir em quatro frentes: uma política, uma jurídica, uma familiar e uma da comunicação e opinião pública, porque muitas pessoas são influenciadas pela mídia.
“Não são as pessoas ou toda a sociedade que é hipócrita e demagoga, são as pessoas que se deixam ser manipuladas por pessoas que tem o poder da comunicação e não tem responsabilidade com a busca da verdade real, e sim de criar elementos ou entendimentos que induzem grande parte da sociedade a ter determinados entendimentos”, afirmou.
O vereador também disse que há “interesses” de alguns grupos em sua cassação, e que “em breve a população entenderá”. Ele criticou o fato de o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) ter dito que ele deveria ser afastado de seu cargo.
Na sessão desta quinta foi lido o parecer da Procuradoria da Câmara acerca do pedido de afastamento de Paccola, protocolado pela vereadora Edna Sampaio (PT). O parecer confirmou a admissibilidade do pedido e apresentou orientação para que o pedido fosse encaminhado à Comissão de Ética. Depois que a Comissão fizer seu próprio parecer, ele deve ser votado em plenário.
Paccola afirmou que na Câmara há homens e mulheres honrados, que chegaram ali por sua própria história, e disse que irá respeitar a decisão que a Casa tomar e os votos de cada um. “Jamais partira da minha pessoa ataques pessoais ou condenação, cada um sabe o motivo pelo qual toma aquela decisão”, disse.