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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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afirma ser inocente

Médica que atropelou e matou verdureiro diz que ser rica prejudicou julgamento: "a gente é tratado diferente; veja vídeo

Foto: Reprodução

Francisco Lucio Maia morreu após ser atropelado pela médica, em 2018

Francisco Lucio Maia morreu após ser atropelado pela médica, em 2018

A médica Letícia Bortolini, acusada de atropelar a matar o verdureiro Francisco Lucio Maia, na avenida Miguel Sutil, em Cuiabá, afirmou que o fato de ser rica, aliado com a profissão que exerce, prejudicaram o andamento jurídico do processo. No vídeo publicado nas redes sociais nessa terça-feira (9), ela também alega ser inocente. 


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A dermatologista pretende recorrer da decisão que determinou que ela seja submetida a júri popular. Ela explica que decidiu publicar o desabafo por estar "só tomando pancada". 

 "[As pessoas] sabem que o caso é diferente porque sou médica, principalmente porque sou médica, porque sou rica, tenho dinheiro... é diferente, a gente é tratado diferente. Existe uma briga, uma guerra de rico e pobre nesse país, parece que quando pode pegar um rico e botar na cadeia, todo mundo vence, todo mundo fica feliz", afirmou. 

Conforme a decisão de pronúncia do juiz Flávio Miraglia Fernandes, da 12ª Vara Criminal de Cuiabá, houve provas da materialidade e indícios suficientes da autoria delitiva de homicídio qualificado.

O magistrado salientou que a materialidade está demonstrada de forma incontestável por meio do boletim de ocorrência, auto de constatação de sinais de alteração da capacidade psicomotora, laudo de necropsia, laudo de acidente de tráfego, laudo de perícia indireta e das declarações das testemunhas ouvidas nas fases policial e judicial.

No vídeo, Letícia questiona sobre os indícios e o crime ter sido enquadrado como homicídio doloso. A médica diz que não é assassina e que acidentes podem acontecer com qualquer pessoa. 

"Estava sim voltando de uma festa, isso nunca escondi, sempre falei que não bebi, estava dentro da pista de rolamento, não estava na calçada, não subi na calçada, não atropelei uma pessoa atravessando na faixa de pedestres, não atropelei ninguém porque ultrapassei um sinal vermelho", afirma. 

Na versão exposta durante os quase 10 minutos de desabafo, a dermatolgista diz que Francisco estava embriagado no momento e que ela não percebeu que havia atropelado uma pessoa, por isso, decidiu ir para casa para pensar sobre o que faria. 

"O senhor Francisco não estava na rua, ele entrou na rua no exato momento que meu carro passou. É, era eu dirigindo. E ele provavelmente não entrou porque quis, né? Caiu em cima do meu carro, porque ele estava completamente embriagado, porque isso foi comprovado e está nos autos. Caiu na hora que passei, é um acidente".

"Minha atitude naquele momento não foi parar. Foi ir até em casa para depois pensar em como ia descobrir o que aconteceu e resolver. Expliquei isso no meu depoimento. Isso não me torna bandida, não me torna assassina. Isso é uma decisão em uma fração de segundos que temos que tomar. E em momento nenhum nessa trajetória toda eu menti com relação a isso", continuou. 

A médica diz que apesar de sentir "o maior sofrimento do mundo por uma vida que foi tirada", o atropelamento foi um acidente e ela é uma "pessoa idônea". 

"Isso vou carregar para o resto da minha vida, essa dor ninguém imagina. Isso vou levar a vida toda, ninguém vai me tirar, ninguém vai confortar. Isso está comigo no meu dia-a-dia, mas não vou me calar, aceitando que me tratem como uma bandida que não sou. Sou uma pessoa idônea, de caráter, mãe de família".

Veja o vídeo:

 
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