Os candidatos à Presidência da República Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB) lamentaram o caso de Confresa (MT) em que um bolsonarista matou um lulista com uma faca e um machado na noite de quarta-feira (7), dia da Independência do Brasil. Os também candidatos Lula (PT) e Bolsonaro (PL) não se manifestaram nas redes sociais.
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“Mais uma vítima da guerra fratricida, semeada por uma polarização irracional e odienta que pode inundar de sangue o nosso solo. Abaixo a violência política. O Brasil quer paz!”, escreveu Ciro no Twitter.
A crítica à polarização também veio de Tebet: “O presidente, como representante do povo, precisa clamar por paz e união. A incitação ao ódio leva à violência, que faz mais uma vítima. Chega de briga! Chega de divisão! Enquanto eles separam o Brasil, nós vamos uni-lo com amor e coragem!”.
A ex-deputada e ex-candidata a vice-presidente em 2018 Manuela D’Ávila (PCdoB) também citou o caso tanto no Twitter, quanto no Instagram: “É urgente acabar com esse tempo de violência na política. Essa violência é propagada, defendida, estimulada. Não é casual”.
O caso foi divulgado por sites nacionais como G1 e o Globo, e foi manchete da Folha de São Paulo. Este não é o primeiro caso de um petista assassinado: em julho, o tesoureiro do PT Marcelo Arruda morreu após levar tiros do policial penal Jorge Guaranho no Paraná.
O caso
Uma briga motivada por questões políticas terminou em homicídio em uma chácara na zona rural de Confresa (a 1.135 km de Cuiabá), na noite dessa quarta-feira (7). Rafael Silva de Oliveira, de 24 anos, que é apoiador do presidente Bolsonaro, esfaqueou o apoiador do ex-presidente Lula e colega de trabalho Benedito Cardoso dos Santos, de 44.
O delegado Victor Oliveira explicou que os dois estavam sozinhos na casa quando começaram uma discussão. Em determinado momento da briga, Benedito deu um soco no queixo de Rafael, que revidou.
Depois, o lulista pegou uma faca e foi para cima do bolsonarista, que conseguiu tomar a faca da vítima. Benedito tentou correr para fugir da tentativa de homicídio, mas foi alcançado pelo colega de trabalho.
O lulista foi esfaqueado vezes no rosto, sendo que os golpes atingiram um dos olhos, o pescoço e a testa de Benedita. "Ele [Rafael] saiu do local, procurou um hospital, porque estava com ferimento na mão. No hospital, a Polícia Militar suspeitou do caso, já tinham conhecimento de uma vítima morta na chácara. A Polícia Civil começou a realizar diligências, localizaram a arma do crime, uma faca e um machado".
Em interrogatório, Rafael confessou o crime. Ele está detido na delegacia da cidade e vai passar por audiência de custódio. O caso segue sendo investigado pela Polícia Civil.