Segundo Sylvia Faria Marzano, urologista, terapeuta sexual e diretora do Isexp (Instituto Brasileiro Interdisciplinar de Sexologia e Medicina Psicossomática), a agitação proporcionada por um dia atribulado aumenta a produção de adrenalina no corpo, o que pode prejudicar o sexo. "Esse hormônio está ligado à excitação, mas não ao prazer", afirma. Ou seja, depois de uma noite de sono bem dormida, o sexo tem muito mais chance de ser gostoso.

Isso porque, com a mente livre de preocupações, é mais fácil manter o foco na relação e no parceiro e aproveitar mais. "Além disso, há o cansaço muscular. Depois do sono, o corpo está refeito e mais apto ao sexo", explica a especialista.

Apesar de a questão ser muito mais psicológica do que física, como observa Ivaldo Silva, professor do departamento de ginecologia da Unifesp, há um componente hormonal que colabora para o melhor aproveitamento da relação. "Sem estresse, o sexo funciona melhor por causa da atenção que os parceiros dispensam um ao outro. Hormonalmente, o que acontece é que, quando a pessoa está relaxada e faz sexo de qualidade, consegue produzir mais endorfina, hormônio relacionado ao prazer."

E o sexo benfeito traz uma porção de benefícios para o organismo. Além de melhorar a autoestima e o bom humor, uma boa vida sexual ajuda até o sistema imunológico. "O estresse afeta a imunidade. Pessoas que se satisfazem nas relações são mais felizes e mais saudáveis", pontua Silva.

Segundo Sylvia, o sexo fortalece também a relação amorosa. "Depois do pico de endorfina, o corpo libera oxitocina, hormônio do amor maternal. Isso favorece a ligação sentimental", pontua.