Técnicos da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer) e Secretaria Extraordinária de Projetos Estratégicos - MT Regional estão elaborando um Programa de Incentivo para o Plantio da Seringueira no Estado de Mato Grosso. O engenheiro florestal da Empaer, Antônio Rocha Vital, fala que a meta é plantar 269 mil hectares de seringueira distribuídos pelos 15 consórcios intermunicipais, num período de 20 anos. As mudas serão produzidas em viveiros e jardins clonais conforme as diretrizes técnicas da Empaer.
Segundo Rocha, o Programa é voltado para os pequenos agricultores e a intenção é implantar 3.800 hectares de viveiros de mudas e 307 hectares de jardim clonal. As variedades utilizadas serão as mais adaptadas ao Estado tais como: IAN 3044, IAN 873, FX 3864, RRIM 600, PB217, GT1 e outros. “Mato Grosso é o terceiro maior produtor de látex coagulado do Brasil com uma produção de 200 mil toneladas. Esse programa tem o objetivo de ampliar a produção e atingir números competitivos com o mercado”, esclarece Vital.
O Estado de Mato Grosso já foi considerado o segundo maior produtor de borracha, perdendo apenas para o Estado de São Paulo. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) o Estado produz 35 mil toneladas por ano, numa área plantada de 44 mil hectares. A região de Itiquira é uma das maiores produtoras, produzindo 15 mil toneladas de borracha por ano.
O engenheiro explica que o Programa vai auxiliar o produtor na escolha dos clones, espaçamento, qualidade da muda e adubação. O programa está sendo elaborado também pelos engenheiros florestais da Empaer, David da Silva, Maíra Cristina Valdovéu e o engenheiro agrônomo, José Rodrigues Souza. Conforme Rocha, a segunda versão do Programa de Incentivo ao plantio da seringueira será apresentada aos técnicos do MT Regional, no dia 19.03 (quinta-feira), ás 14 horas, na sede da Secretaria de Projetos Estratégicos.
CLONES - Devido ao trabalho de validação de tecnologia realizado pela Empaer foi recomendado para a Baixada Cuiabana os clones orientais RRIM 600, considerados mais produtivos e menos resistentes à doença Microciclus ullei que causa perda das folhas das árvores. Para outras regiões, como é o caso do município de Santa Cruz do Xingu é indicado os clones IAN 2909, IAN 2903 e FX 3864. Clones esses mais resistentes devido às condições favoráveis para a proliferação da doença.
