O empresário Carlos Ernesto Augustin, conhecido como Teti, recém filiado ao Partido dos Trabalhadores (PT), disse em entrevista que achou exagerada o pedido de convocação do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, para ir à Câmara Federal responder a esclarecimentos sobre conteúdo das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Teti é assessor especial na pasta da Agricultura.
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A prova aplicada no domingo retrasado ganhou críticas de entidades ligadas ao agronegócio. O setor se sentiu ofendido com perguntas que faziam associações à violência no campo e ao avanço do desmatamento.
“Eu achei um exagero, assim como a maioria das pessoas achou. Eu acho que o ministro Favaro não tem que responder pela prova do Enem. Eu acho até cômico ter que questionar o Fávaro sobre a prova do Enem. Não foi ele quem fez a prova. Mas, no meu modo de ver, houve exagero”, disse ao
Olhar Direto.
“E assim como o lado mais à esquerda não deve ser radicalizado em ideologia, e assim como eu critico o lado da direita que faz isso, eu também critico a esquerda. Eu acho que isso não é saudável para ninguém. Isso é uma perda de tempo, vamos falar assim. Isso é uma perda de tempo, uma bobajada que não leva a nada. Ninguém de nós do ministério é solidário ou participou dessas questões ou achou correto. Houve exagero ali, houve exagero”, continuou.
Em entrevista a jornalistas, Fávaro destacou que não é o governo que elabora as provas, mas sim renomados professores. Ao reforçar que teria errado as questões, ele destacou que é homem do campo e que sabe sobre o desenvolvimento que o agro proporciona para as regiões produtoras do país.
“O que eu posso dizer com relação a isso e nada mais que isso, é que se eu estivesse fazendo a prova eu errava as duas, três questões, porque eu vivo e sei a qualidade de vida, o desenvolvimento que o agro leva nessas regiões. Se eu tivesse respondido a prova, eu teria errado na resposta que eles consideram certo”, ressaltou.
Ao ser questionado o que o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão vinculado ao Ministério da Educação (MEC), não levou em consideração ao formular as perguntas, Fávaro se limitou a dizer que com o tempo iriam compreender o avanço e os benefícios que o setor tem para o país.