O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, participou nesta segunda-feira (20) da cerimônia de retomada das atividades da unidade da Friboi/JBS em Diamantino, que havia sido parcialmente destruída por um incêndio em junho deste ano. Em entrevista à imprensa, ele celebrou a retomada das atividades, a manutenção dos empregos e afirmou que, mesmo com o incêndio, foi uma decisão acertada da pasta manter a empresa na lista de frigoríficos autorizados a exportar carne para a China.
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À época, a decisão do ministério provocou a reação de alguns parlamentares. Entre eles o senador Jayme Campos, que chegou a sugerir que o Mapa estaria agindo por interesses pessoais e favorecendo grandes grupos econômicos. Naquela ocasião, o senador apontou que, na mais recente lista de habilitação de exportação liberada à China, o Mapa havia incluído, entre 20 empresas selecionadas, um frigorífico da JBS-Friboi.
Nesta segunda o ministro Fávaro, por sua vez, justificou a decisão do ministério de habilitar o frigorífico. Ele afirmou que a pasta não queria “ser algoz” de empregos que poderiam ser perdidos e explicou que, se o ministério não habilitasse o frigorífico, uma nova autorização demoraria anos e colocaria em risco a reabertura da unidade.
“Hoje, cinco meses depois do incidente, você vê os trabalhadores aqui com equipamentos novos, tudo de última geração, todo mundo trabalhando. Foi um mês para a remoção dos entulhos e quatro meses para reconstruir a fábrica. Eu tenho a convicção de que foi uma decisão acertada do Ministério da Agricultura, não ser o algoz desses empregos, quando decidiu manter a empresa na lista para habilitação da China”, iniciou.
De acordo com o ministro, isso não significa que ela esteja habilitada, mas sim que a empresa continua apenas apta. Ela afirmou que a planta da JBS em Diamantino é um uma das mais antigas do Brasil aguardando a habilitação para a China e pontuou que, no momento, a exportação depende do governo chinês.
"Se com essa fatalidade a gente tirasse ela da lista de habilitação, significaria mais quantos anos de espera? Com certeza, não teríamos ampliação, porque não havia perspectiva, sendo que não estava fazendo a habilitação naquele momento. Tenho certeza que o ministério da Agricultura tomou a medida certa em manter a planta na lista e, agora, é torcermos para que essa planta seja habilitada para a China e para que isso se transforme e gere mais oportunidades aqui, inclusive com desdobramentos não só de carne, mas de outros produtos que podem gerar empregos nesta região."