O presidente do PT em Mato Grosso, deputado Valdir Barranco, saiu em defesa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em relação à realização do leilão para importação de arroz, processo que foi cancelado após polêmicas e suspeitas de irregularidades.
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Segundo Barranco, no início o Governo Federal não pretendia fazer a compra de cereal, no entanto, tomou a decisão após o “terrorismo” que o setor, comércio e oposição começou a fazer nas redes sociais.
A fala do deputado é diferente do discurso do ex-secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), Neri Geller, que alegou que todos tinham dados de que não era necessário o processo porque havia armazenado mais 80% do que foi produzido no Rio Grande do Sul, antes da enchente.
“O presidente Lula optou por fazer o leilão exatamente porque eles diziam que iria faltar arroz, inclusive alguns empreendimentos comerciais já estavam fazendo um terrorismo, colocando para que as pessoas pudessem fazer aquisição, que havia risco de desabastecimento. Diante dessas informações e no auge da tragédia, o presidente, para garantir o equilíbrio dessa questão do arroz, determinou o leilão”, comentou.
“Quando o leilão vai acontecer e quem tem interesse comercial em faturar com o caos começa a perceber que não vai poder ter alta no preço do arroz, eles mudam o discurso e começam a dizer não, não vai ter problema, nós é que dizíamos isso antes”, acrescentou.
Ele disse que Lula, após o cancelamento do leilão, deve se reunir novamente com os produtores de arroz para saber se a quantia colhida é suficiente para abastecer as casas da população, principalmente as mais vulneráveis, sem a possibilidade de aumento do preço do produto no mercado.
Caso seja confirmado, o presidente deve desistir da ideia de importar o grão.
“Alguns empreendimentos já subiram para R$ 35, R$ 40 o pacote de cinco quilos de arroz. O presidente tomou essa iniciativa, agora se ficar comprovado que não haverá mesmo desabastecimento e que não haverá essa escalada dos preços, não tem porque manter leilão”, destacou.