Diferente de seus colegas de partido, o deputado federal Nelson Barbudo (PL) se posicionou contra ao Projeto de Lei que equipara o aborto acima de 22 semanas a homicídio.
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Barbudo reforçou seu posicionamento contra a interrupção da gravidez, inclusive em casos de estupro, após a 22ª semana, no entanto, ressaltou que não concorda com uma pena de até 20 anos para a mulher, enquanto a punição do estuprador for menor.
“Hoje, o aborto é proibido com penas de 1 a 3 anos de prisão. Mas nos casos de estupro, de risco à vida da mãe e do feto anencéfalo, a interrupção da gravidez é autorizada em qualquer momento sem prejuízos para a mulher. Precisamos ponderar que o aborto não pode ser tratado como crime de homicídio, que tem pena de até 20 anos de prisão”, destacou em suas redes sociais.
O posicionamento do parlamentar é diferente de seus colegas de partido da bancada de Mato Grosso. Abílio Brunini culpou a esquerda por espalhar fake news e atrapalhar a discussão do tema. Coronel Fernanda apoia a proposta e ressalta que não foi criada do nada, mas sim após estudos feitos pelos parlamentares, principalmente os que são da área da saúde, com objetivo de preservar a mãe e o bebê.
Já José Medeiros alega que interromper a gravidez após cinco meses seria equivalente a terminar uma vida que poderia sobreviver fora do útero, o que leva a graves questões de ordem éticas.
O PL n° 1904 que pune as mulheres que interromperem a gestão após 22 semanas, inclusive em casos em que a legislação permite a medida, a uma pena de homicídio simples prisão, o que pode resulta em prisão de 12 a 30 aos, punição mais dura do que recebe um homem acusado de estupro.