O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Eduardo Botelho (União), espera que o ministro da Agricultura e Pecuária (Mapa), Carlos Fávaro, não seja derrubado do cargo que ocupa no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Leia também
Prefeito rebate acusação de possíveis casos de corrupção e alega desconhecimento de atentado contra delegado
Botelho comentou que a presença dele na pasta de Agricultura é importante para o estado, principalmente, no intermédio entre a presidência com os produtores para atender as reivindicações do setor.
Apesar da defesa, o deputado ressaltou que o ministro deve esclarecer em todas as esferas as irregularidades que foram apontadas no leilão para importação de arroz.
“É importante para o estado ter um ministro lá, embora é importante também esclarecer, porque houve, com certeza, coisas não andaram muito correta, mas estamos torcendo para manter o ministro é importante para Mato Grosso ter ele lá para ter alguém que possa dialogar com todos os produtores aqui de Mato Grosso, alguém acessível para todos”, destacou.
A polêmica do leilão derrubou um representante do estado na pasta, o ex-deputado federal Neri Geller da função de secretário de Políticas Agrícolas. Agora, a pressão segue sobre Fávaro, já que a oposição cobra informações, além de aliados do governo que estavam de olho no comando do Mapa, com o escândalo, estão pressionando sua saída.
O resultado do processo de compra de arroz causou polêmica e levantou a suspeita de irregularidades no processo, já que entre as vencedoras estão uma mercearia que vende queijo, uma locadora de veículos e um fabricante de sorvetes. Além disso, foi divulgada a informação de que um ex-assessor de Neri, Robson Luiz de Almeida França, é um dos criados da Bolsa de Mercadorias de Mato Grosso (BMT) e Foco Correta de Grãos que participaram da negociação de 116 mil das 263,3 mil toneladas que forma comercializadas, o que representaria algo em torno de R$ 508,1 milhões dos R$ 1,3 bilhão movimentado no leilão.