O secretário-chefe da Casa Civil do Governo de Mato Grosso, Fábio Garcia (União), defendeu o projeto de lei que tramita no Congresso Nacional que legaliza jogos de azar e cassino no Brasil. Desde a última semana, o trâmite da proposta tem ganhado agilidade e, no dia 20, a matéria conseguiu parecer favorável da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado Federal.
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Garcia destacou que, no período em que esteve na Câmara, chegou a discutir o tema e defendeu que esses jogos sejam implementados em cidadesmais pobre do país, aquelas que têm o índice de desenvolvimento humano baixo. Ele ressaltou que o funcionamento dessas práticas nesses locais vai ajudar na economia e geração de emprego.
“Os jogos de azar já acontecem no Brasil de forma ilegal, é uma realidade que muita gente não quer ver, mas acontece, então você legalizar é uma forma de controlar e de dizer claro a sociedade o que é legal e o que não é não é legal. Agora, essa legalização tem que obrigar novos investimentos feitos em locais e regiões que têm dificuldade de gerar oportunidade e emprego”, frisou.
Ele citou como exemplo, a instalação de casas de jogos em reserva indígenas nos Estados Unidos que tem gerado um crescimento econômico e social nessas regiões.
“Não vale a pena você pegar um hotel pronto e colocar uma sala de jogo. Isso não gera investimento, isso não agrega valor à economia. Tem que pegar um com baixo IDH que você tem dificuldade de gerar oportunidade. Colocar ali e fazer daquilo uma fonte de nova oportunidade para as pessoas que moram naquele local, naquela região”, disse.
Atualmente, o texto está no Senado Federal e aguarda análise das comissões de mérito. Os senadores acham que há alguns pontos sobre o tema que ainda precisam de uma melhor discussão, como geração de emprego e renda, arrecadação, possibilidade de aumento de lavagem de dinheiro pelo crime organizado e aumento do endividamento.