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​Derrubados pelo arroz

Fávaro admite coordenadas a demitido da Conab e diz que Neri não fez nada de errado e pode voltar ao MAPA

29 Jun 2024 - 15:36

Da Reportagem Local - Airton Marques/ Da Redação - Lucas Bólico

Foto: Olhar Direto

Fávaro admite coordenadas a demitido da Conab e diz que Neri não fez nada de errado e pode voltar ao MAPA
O ministro da Agricultura Carlos Fávaro (PSD) saiu em defesa do ex-secratário de Política Agrícola Neri Geller, exonerado na esteira das supostas irregularidades encontradas no leilão para aquisição de arroz que visa evitar desabastecimento e/ou alta de preços após as enchentes no Rio Grande do Sul. Allém disso, Fávaro admitiu que deu coordenadas sobre o leilão ao ex-diretor da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Thiago José dos Santos.

 
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De acordo com Fávaro, Neri não fez nada de errado, mas tirá-lo do cargo foi a melhor decisão a ser tomada para que as investigações prosseguissem com transparência. Ao fim da apuração, defende Fávaro, Neri pode até retomar o cargo. “Ele tem todas as qualidades de voltar e fazer parte do governo Lula”.
 
“Somos amigos há 40 anos. O Neri não fez nada de errado, mas então por que demitiu? Vejamos, nós temos que ter a coisa pública com trato com total transparência. E eu falei isso muito pra ele. Não é nenhum tipo de julgamento”, justificou Fávaro.
 
A retirada de Neri do governo segue ação de governo anteriores, segundo o ministro. “Um belíssimo exemplo feito por Itamar Franco, quando pediu para seu ministro da Casa Civil Henrique Hargreaves sob uma denúncia de corrupção com emendas parlamentares em 1994 pediu que o ministro saísse do governo para que a investigação tivesse transparência e 121 dias depois ele estava de volta”, lembra Fávaro.
 
Parte da queda de Neri do cargo no governo Lula tem a polarização política como causa, alega Fávaro. “Não fizemos nenhum tipo de pré-julgamento, mas o Brasil está tão intolerante que mesmo a gente tomando todas as atitudes com relação a esse leilão de arroz, mesmo sem gastar R$ 1 de dinheiro público”, elencou, “o processo ficaria muito difícil para ficar explicando com todo mundo no cargo. Hoje tem liberdade para CGU, Polícia Federal investigar e tenho certeza que não vão encontrar nada de errado. Torço para não encontrarem nada de errado”.
 
Coordenadas Thiago José dos Santos
 
O ex-diretor da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Thiago José dos Santos, demitido por conta do leilão do arroz, afirmou em entrevista ao jornal O Globo que sua exoneração foi injustiça. À reportagem, disse apenas ter cumprindo ordens do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro. 
 
“Fizemos o que o ministro [Fávaro] mandou e colocamos no papel. Foi muita fala política e menos fala técnica. O ministro determinou R$ 5,00 o quilo, abaixo do preço de paridade. Isso tirou outros participantes da concorrência. Não tenho participação nenhuma. Só escrevi o que o governo falou através do Ministério da Agricultura. Apesar dos leilões não serem supervisionados pelo ministério, ele [Fávaro] trouxe para o gabinete dele esse assunto”, disse Santos ao Globo. 
 
Fávaro admitiu que passou diretrizes a Thiago. “Todas as sugestões que eu fiz para ele durante o processo, apesar de não ser minha atribuição legal fazer edital, mas todas ... que ele inclusive narrou na entrevista eu as reafirmo. Por exemplo, uma delas, ‘o Fávaro pediu para que o preço de oferta não fosse mais de R$ 5’. Inclusive tecnicamente os técnicos achavam que devia ser um pouco mais de 5, mas nós temos que tentar comprar mais barato. Fico muito feliz porque é verdade, eu economizei dinheiro”, disse o ministro.
 
Fávaro também alegou que sugeriu que o tamanho das embalagens seguisse o padrão comercial e que o prazo de entrega fosse de 90 dias, para viabilizar a participação de mais mercados, mesmo os mais distantes.
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